quinta-feira, março 28, 2024
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Dá pra ser melhor!

O próximo prefeito de Volta Redonda – Neto ou seja lá quem for – terá uma missão (im)possível pela frente: melhorar a qualidade de vida na cidade para garantir a longevidade da população. A tarefa é elevar a posição do município no ranking das cidades brasileiras com o maior Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL). Atualmente, Volta Redonda ocupa o 45° lugar num universo de 300 cidades com o maior número de habitantes. O estudo pertence ao Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e está em sua segunda edição.

Segundo Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto Mongeral Aegon, os resultados do estudo levam em consideração pelo menos 50 indicadores diferentes. O objetivo é avaliar o preparo de 876 municípios brasileiros para a longevidade da população. “O papel do IDL é ser uma ferramenta prática que contribua diretamente para que os gestores públicos desenvolvam políticas que melhorem a qualidade de vida nas cidades. Da mesma forma, é um importante aliado para que a sociedade conheça de forma objetiva a realidade de seus municípios e, com isso, possa escolher melhor os seus próximos representantes, principalmente em um ano de eleição municipal”, explicou.

Os indicadores mais importantes do estudo são “bem-estar, cultura e engajamento, educação, trabalho, finanças e saúde”. Quanto mais próximo de 100, melhor o resultado obtido. Volta Redonda registrou, por exemplo 44 em saúde; 57 em habitação; 51 em trabalho e educação e ainda 45 em finanças. O maior ranking foi em bem-estar, com 78. Os pontos, apesar de bons, estão muito aquém de São Caetano do Sul, a cidade paulista que conquistou o 1° lugar no IDL. O estudo completo pode ser acessado pelo site www.melhorescidades.org.

Além das variáveis já citadas, o estudo leva em consideração a questão da segurança pública (índices de violência – mortes com arma de fogo por 100 mil habitantes), taxa de desemprego e ainda o número de acidentes envolvendo ao menos uma fatalidade. No relatório sobre Volta Redonda, o Instituto Mongeral Aegon justifica a importância do estudo não apenas para o cidadão conhecer as condições que seu município proporciona para uma longevidade com qualidade, mas também para que os empreendedores e gestores públicos atuem de forma mais alinhada às necessidades da população.

O professor barra-mansense Róbson Chaves teve uma ideia que pode mudar a vida de muita gente. Trata-se da proposta legislativa para a padronização do planejamento urbano pela inclusão das pessoas com deficiências no Brasil. O objetivo da proposta é proporcionar um padrão mais rigoroso a ser aplicado no planejamento urbano, a fim de que todos possam ir e vir com a devida segurança e independência, considerando que existem diferentes tipos de deficiência, onde são variados os graus de mobilidade.

Robson, que é cadeirante, vê, através desse projeto, uma oportunidade para mostrar que é possível, e que pessoas com deficiência partilham dos mesmos desejos que qualquer outra. Mas, como nem tudo são flores, para que a proposta se torne uma Sugestão Legislativa e seja debatida pelos Senadores, o professor precisa obter 20 mil votos até 14 de fevereiro de 2021. Até então, a ideia conta com 343 apoiadores. “Conforme cada um tem sua lesão, todos precisam do mesmo nível de segurança e autonomia para poder transitar nas vias públicas é um direito legal”, disparou em um vídeo publicado nas redes sociais.

Ele foi além. “Nós precisamos nos unir para conseguir esses 20 mil votos para que essa proposta vá a debate no Senado. E, como ela é Federal, vai atender todo o território nacional que precisa de melhorias para que nós nos sintamos de fato incluídos. A gente não quer ser tratado como super-herói, mas como seres humanos e pessoas normais acima de tudo”, concluiu o professor, que vê a cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, como referência.

Para quem não sabe, Uberlândia é vista como um modelo em acessibilidade. Isso graças à criação de leis e órgãos de fiscalização. Em 2010, foi considerada pela ONU uma das 100 cidades no mundo modelo em acessibilidade. Depois da criação pela prefeitura, em 2000, do Núcleo de acessibilidade, todas as obras de uso coletivo na cidade passaram a ser vistoriadas, sendo que nenhuma sai do papel sem antes conter um projeto de acessibilidade, garantindo o direito de ir e vir a todos os moradores. Aos que se interessaram em apoiar a ideia de Robson, o voto pode ser dado através do link: https://www12.se
nado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=144321.

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