Na edição passada publicamos a foto do Cisne Branco, de Barra Mansa, e conforme prometemos, nesta edição estamos publicando a do time do Castelinho. Os dois quase sempre se engalfinhavam em campo nas décadas de 70/80. Era o Fla x Flu do interior. A propósito, era uma rivalidade sadia, que fazemos questão de reacender, pois se mantém até os dias de hoje. Colaborou Gino Lopes.

Em pé da esquerda para a direita: Figueiroa, Tetão, Paulo Gil, Cezinha, Lula, Neném, Ferraz e Gigio. Agachados: Melão, Luiz Carlos, André, Alex, Vaguinho, Tileu, Pedrinho, Kaká e Vicente Prefeitura.
Prejuízo contaminado
A paralisação dos campeonatos estaduais por conta a Covid-19 tem provocado sérios prejuízos aos clubes brasileiros. Para piorar, a TV Globo decidiu não pagar as cotas dos direitos de transmissão de todos os torneios devido à falta de jogos. E o desespero começa a tomar conta dos dirigentes. No caso do Rio de Janeiro, os dirigentes topam até jogar sem a presença do torcedor nos estádios desde que sejam autorizados pelas autoridades da área de Saúde. Tem mais. Não aceitam interromper o Carioca de 2020 e querem que o Estadual termine no campo, mesmo que tenha que ser jogado em paralelo ao Brasileirão.
Com estas questões em aberto, ninguém pode prever quando a bola voltará a rolar. Pior é que, não acreditando em solução a curto ou médio prazo, os clubes das séries A e B do Brasileiro resolveram estender as férias dos jogadores até o dia 30, o que vai aumentar o prejuízo. Uma coisa é certa: enquanto a bola não rolar, os clubes não verão a cor do dinheiro dos Marinho. Afinal, eles é que mandam no futebol brasileiro, não é? Tenho dito.
Voltaço
Os dirigentes estão tentando renovar os contratos de alguns jogadores, mais exatamente daqueles que terminam no próximo dia 30. É o caso de Wiliam Mineiro, Bernardo, Oliveira e Marquinhos. A ideia é renovar por mais três meses, conforme rege a Lei Pelé. Quantos aos demais, não haverá problemas, pois todos têm vínculo até o final do ano.
Demitido
Toninho Andrade não é mais técnico do Madureira. Os dirigentes do tricolor suburbano alegaram corte nas despesas devido à paralisação do Carioca. É um bom treinador, e mostrou isso ao comandar o Voltaço em 2019. Quem se habilita?
História
Na minha Além Paraíba, durante uma partida entre o Granjense e Unidos pelo campeonato de aspirantes da segunda divisão da liga local, um atacante do Granjense, conhecido como Juarez Calceteiro (trabalhava na prefeitura trocando os paralelepípedos das ruas), levou uma canelada e acabou se machucando. Moacir Sebinho, o massagista, entrou em campo com aquela maleta branca com a cruz na tampa para atendê-lo. Nosso craque não conversou e foi direto ao assunto: “Ei, Sebinho, passa aquela pomada com cheirinho de jogador”. Tratava-se de uma pomada conhecida na época como Bálsamo Bengué, que tinha um agradável cheiro canforado. É mole?
Preocupação
Alguns torcedores do Voltaço se mostram preocupados e perguntam onde o Voltaço vai promover seus jogos quando a bola voltar a rolar. Isso porque o campo do Raulina virou hospital de campanha. Mas, que não se preocupem muito, não. É que os jogos só voltarão a ser disputados com o fim da quarentena motivada pela Covid-19. Quando ela acabar, a estrutura será desmontada. Quanto ao estado do campo, só teremos a resposta quando médicos e pacientes forem embora… Vivos, esperamos.
Protocolo
Os clubes do Rio estão elaborando um protocolo de prevenção ao coronavírus para quando o Carioca for retomado. Passa pela criação de um rigoroso protocolo de biossegurança, individual e coletiva, a ser seguido por todos os clubes.
Bola Fora

Para o falecimento do ex-presidente do Barra Mansa, o empresário Mário Pinguilim, ocorrido na sexta, 10, vítima da Covid-19. Na edição passada, encerrada antes da triste notícia correr as redes sociais, desejávamos a sua recuperação. Infelizmente não deu. Pinguilim merece todas as homenagens por ter tido a coragem de assumir o Barra Mansa nos piores momentos da sua história. Descanse em paz, amigo.
Bola dentro
Para os dirigentes que estão a favor da volta do futebol desde que a tormenta do coronavírus esteja sob controle. Bom senso acima de qualquer coisa. Afinal, apostar a vida dos jogadores em troca da grana da Globo não está certo, concordas?