Apartirdodia1de julho, resolução do Con- selho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Cen- tral (BC) promete ajudar os consumidores endivi- dados. A medida prevê que os donos de cartão de crédito possam transferir o saldo devedor da sua fatura para um banco que ofereça juros menores ou melhores condições de renegociação. Assim, será possível transferir o saldo devedor de uma instituição para outra, abrindo caminho para condições de pagamento mais vantajosas e adequadas à sua realidade, afirma Carol Stange, especialista em finanças pessoais.
Segundo Carol Stange, a portabilidade de dívida pode ser a porta de saída para quem se encontra em situação de endividamento, mas é fundamental utilizá-la com cautela e planejamento. Ao tomar decisões conscientes e comparando as propostas com atenção, você estará no caminho certo para conquistar a sua liberdade financeira e a quitação das suas dívidas. “A portabilidade de dívida, quando utilizada de forma estratégica, pode ser um passo importante para o ganho de autonomia na gestão das finanças. Ao ter acesso a condições de pagamento mais favoráveis, o consumidor fica livre para definir um plano de quitação que se encaixe em
seu orçamento, evitando o acúmulo de novos débitos e o endividamento crônico”.
A seguir, confira algumas vantagens da portabilidade da dívida do cartão de crédito, segundo Carol Stange.
Redução dos Juros: a portabilidade permite que você negocie taxas de juros mais baixas, dimi- nuindo significativamente o valor total pago ao longo do tempo. Essa economia pode ser crucial para aliviar o orçamento familiar e facilitar a quitação da dívida.
Prazos Flexíveis: é possível negociar prazos de pagamento mais extensos, ajustando as parcelas à sua capacidade de pagamento. Apesar dessa flexibilidade poder oferecer maior tranquilidade, mais juros são pagos ao final. Importante fazer essa análise antes de tomar uma decisão.
Tarifas Reduzidas ou Eliminadas: ao comparar as propostas, você pode optar por instituições que oferecem isenção ou redução de tarifas, como tarifas de abertura de conta, seguros e outros encargos. Essa economia contribui para um saldo devedor menor.
Melhoria do Histórico de Crédito: pagar as parcelas em dia na nova instituição pode contribuir para a recuperação do seu histórico de crédito, abrindo portas para
futuras oportunidades financeiras.
Consolidação de Dívidas: a portabilidade pode ser utilizada para unificar diferentes dívidas em um único empréstimo, facilitando o gerenciamento e a organização das contas.
Atenção para os seguintes fatores:
– Análise Detalhada das Propostas: Compare o CET (custo efetivo total), que concentra as taxas de juros, tarifas e todos os outros custos oferecidos por diferentes instituições. Não se pren- da apenas à taxa de juros mais baixa, pois outros fatores podem influenciar significativamente no valor final a ser pago.
– Consciência da Situação Financeira: Avalie se a portabilidade com- prometerá o orçamento familiar. Calcule o impacto das novas prestações e verifique se a renda mensal será suficiente para arcar com os compromissos.
– Histórico de Crédito: Tenha em mente que a portabilidade pode ser influenciada pelo seu histórico de crédito. Um histórico negativo pode dificultar a obtenção de melhores condições nas propostas.
– Prazos de Pagamento: Opte por prazos que se encaixem em sua capacidade de pagamento, evitando o acúmulo de juros e multas por atraso. – Tarifas: Compare as tarifas de abertura de conta, seguros, serviços de gestão e outros encargos. Busque instituições que ofereçam tarifas mais baixas ou isenção de alguns serviços.
– Benefícios Adicio- nais: Verifique se a insti- tuição oferece benefícios adicionais, como progra- mas de fidelidade, cash- back ou descontos em serviços.
– Atendimento ao Cliente: Avalie a qualidade do atendimento ao cliente da instituição, garantindo que você terá suporte adequado em caso de dúvidas ou problemas.
– Fique atento à venda casada de produtos e não permita ser obrigado a contratar servicos ou produtos como condição para portabilidade ocorrer.
SOBRE CAROL STANGE – Carol Stange é educadora financeira, especialista em investimentos pela Anbima, Analista Técnica de Investimentos CNPI- T e Consultora CVM, Carol Stange já prestou auxílio, consultoria e ministrou cursos (presencial e online) para mais de 1,5 mil pessoas. É co-fundadora do Educadores Financeiros e também multiplicadora do programa de educação financeira “Eu e meu dinheiro” do Banco Central. Carol Stange é idealizadora e criadora da marca “Como enriquecer seu Filho”, com a produção de conteúdo voltado para pais que desejam educar seus filhos através de conceitos práticos de educação financeira.
Reduzindo juros
Consumidor já pode transferir dívida do cartão de crédito para melhores condições de renegociação