O ex-governador Luiz Fernando Pezão, ainda usando uma tipoia fruto de uma cirurgia no braço direito, que o afastou das ruas por uns bons dias, voltou a fazer campanha e está mais firme do que nunca nas caminhadas pelos bairros de Piraí. “Para quem está com qualquer dúvida sobre a nossa candidatura, nós seremos candidatos no dia 6 de outubro. Sou candidato, meu nome estará nas urnas e não tem porque ter qualquer dúvida sobre isso”, dispara toda vez que algum eleitor de Piraí o questiona
sobre a candidatura. “Minha campanha está na rua, devidamente legalizada e autorizada, com o apoio de 10 partidos”, acrescenta, indo além. “A lei e a Justiça me concedem o direito de estar nas ruas pedindo voto, e vou exercer esse direito até o dia
5 de outubro, como a lei me permite!”, afirma. “Eu confio na Justiça!”, diz, encerrando o assunto que só interessa a seus adversários.
O que Pezão gosta mesmo de falar com os eleitores se resume em uma frase: “Quero ser prefeito porque amo minha cidade”, dispara. “Tenho ideias, propostas e projetos para Piraí. Sei como torná-los realidade, porque já fiz antes”, afirma. Uma proposta que agrada a população é, certamente, a de investir na construção de creches. “Piraí tem hoje mais de 500 crianças na fila por vaga em uma creche municipal”, garante, aproveitando para mandar um recado:
“A creche municipal de Piraí foi a que eu fiz, e ela continua com as mesmas 100 vagas que eu deixei quando saí do governo, há 20 anos”, ironiza. “Essa situação não pode continuar! Vai ser uma das prioridades do meu governo, implantar creches nos bairros e colocar todas as crianças em horário integral”, reitera Pezão.
PESQUISA
Após uma decisão da Justiça Eleitoral em Piraí, diversos veículos de comunicação retiraram do ar as matérias que divulgavam o resultado de uma pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Ágora (O Dia) no município. Ela mostrava empate técnico entre os candidatos Luiz Fernando Pezão e Arthur Tutuca. O detalhe é que, em todas as outras pesquisas registradas e divulgadas, Pezão está pelo menos 25 pontos percentuais à frente de Arthur.
A Justiça considerou a pesquisa irregular, após um pedido de análise feito pela campanha de Pezão. No questionário apresentado aos entrevistados, só havia perguntas sobre o candidato Arthur, apontando inclusive supostas realizações dele como secretário municipal, e nenhuma sobre Pezão. A partir dessa decisão judicial, os veículos de comunicação foram solicitados a retirar de seus sites a matéria com os resultados da pesquisa irregular, o que foi feito por todos eles, como aponta um relatório enviado à Justiça Eleitoral.