Pesquisa diária

0
361

A Saúde de Volta Redonda, que sempre foi ponto fraco dos últimos prefeitos que passaram pelo Palácio 17 de Julho e tira o sono do atual, Samuca Silva, será avaliada diariamente. A decisão foi tomada pelo chefe do Executivo e comunicada a quem de direito durante reunião na manhã de segunda, 28, com cerca de 20 coordenadores de setores como a RUE (Rede de Urgência e Emergência), Atenção Básica, Média Complexidade e unidades hospitalares. Além deles, estava o secretário de Saúde, Alfredo Peixoto, entre outros.

 

A avaliação do atendimento nas unidades será feita por pesquisa telefônica, coordenada pela Seplag (secretaria de Planejamento) e pela Ouvidoria Geral da prefeitura, e deverá atingir 15 mil usuários de todas as unidades de saúde do município por mês. As ligações serão realizadas, aleatoriamente, no dia seguinte ao atendimento. O questionário será objetivo e o entrevistado dará nota de um a dez para cada quesito do atendimento.

 

A decisão tomada por Samuca se justifica. Nos últimos dias, por exemplo, o prefeito tem ido, de surpresa, às unidades de Saúde e não tem saído satisfeito com o que vê. Muito pelo contrário. Em uma delas, nem médicos encontrou trabalhando. Um se justificou, o outro não. Resultado: foi sumariamente dispensado.  

 

De acordo com o prefeito Samuca, o objetivo da pesquisa é descobrir o que pensa o cidadão depois de ser atendido – ou não – em uma unidade hospitalar da cidade. Ele vai além. Diz que mensalmente vai destacar as melhores e as piores unidades do município. Além disso, promover troca de informações para chegar ao melhor resultado. “A avaliação de desempenho é uma ação prevista na Constituição e vamos implantar no serviço público de Volta Redonda, começando pela secretaria de Saúde”, afirmou, acrescentando que o projeto pode ser levado para outras secretarias.

 

Samuca lembrou ainda que Volta Redonda é líder na região e atrai diariamente centenas de pessoas à procura de atendimento na rede de Saúde local. O que é verdade, pois a cada dia que passa aumenta o número de carros de cidades vizinhas nos principais centros de Saúde do município, como na Vila. Além disso, por conta da crise econômica por que passa o país, o serviço público absorve a demanda das pessoas que deixam de contar com o plano de saúde privado. E correm aos hospitais públicos.

 

“E o serviço de excelência (em Volta Redonda) só será oferecido à população com o atendimento humanizado. A Saúde não é feita de recursos, é feita de pessoas”, pontuou Samuca, lembrando que em 2018 o seu governo investiu cerca de R$ 230 milhões em Saúde, o que equivale a 37% do orçamento, “quando o obrigatório por lei é 15%”, frisa, aproveitando para destacar o fato de Volta Redonda ter sido a terceira cidade do Sudeste que mais investiu em saúde. “Precisamos reverter recursos em atendimento eficaz para a população”, concluiu.

 

O secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto, compartilha do sonho de Samuca de deixar um legado de saúde pública de excelência para a população de Volta Redonda. “Acredito que a avaliação do usuário é a mais fidedigna e vai nos ajudar a identificar problemas e encontrar soluções”, opinou.