terça-feira, dezembro 3, 2024
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“Governo foi aprovado”

Neto conta como ganhou as eleições para a prefeitura de Volta Redonda

Para muitos, foi uma surra homérica. Afinal, terminada a apuração Neto, foi reeleito com cerca de 110 mil votos – 109.688, para ser exato. O segundo colocado, tadinho, Mauro Campos, do Novo – aquele que se gabava de ter atingido quatro milhões de internautas com suas postagens, em que mais atacava Neto do que tentava mostrar seus planos de governo – só conseguiu 13,54% dos votos (20.386). Os demais nem chegaram à casa dos 10 mil votos. Habibe, do PT, fracassou, ficando atrás de Maurinho, com 8.493 votos; Arimathéa, ex-prefeito de Pinheiral, fez pior. Apenas 7. 598 volta-redondenses votaram nele. E Samuca, ex-prefeito da cidade do aço, voltou a fracassar nas urnas. Concorrendo sub judice, obteve 3.535 votos, ficando à frente apenas de Jamaica, com 546 votos, e Maicon, com 343 votos. Detalhe: somando os votos de todos os seis adversários, mais os nulos e em branco, nem mesmo assim Neto perderia a eleição. Para ele, isso mostra que o povo de Volta Redonda sabe votar. “Mais uma vez ficou provado que o povo de Volta Redonda sabe distinguir o que é campanha e o que é realidade”.
Leia abaixo a entrevista exclusiva de Neto ao aQui:

aQui: O senhor chegou a pensar que seria tão fácil vencer as eleições para a prefeitura de Volta Redonda?
Antônio Francisco Neto: Foi uma vitória do governo, que não foi e não tem sido fácil. Uma vitória que reflete o desempenho do governo. Foi a vitória de um governo que encontrou três folhas salariais em aberto e hospitais fechando. Que hoje paga em dia, foi capaz de dar reajuste salarial e está expandindo, ampliando os hospitais. Foi a vitória de um governo que encontrou a rede de assistência social totalmente desmontada e hoje é referência para o país. Se alguém acha que fazer isso tudo e ainda iniciar obras importantes é fácil, invejo esse alguém. Essa vitória foi uma das mais difíceis, pois sabia que seria avaliado o desempenho do governo. Não foi um trabalho de três meses de campanha, mas de três anos e sete meses de governo. Chegamos na reta final do período eleitoral com um governo aprovado por 70% da população e tivemos 73% dos votos.

aQui: O que seria mais correto dizer: o Neto é forte demais ou os adversários são muito fracos? Ou as duas situações estariam corretas?
Neto: Respeito todos os adversários, fizemos uma campanha extremamente respeitosa com todos, mesmo diante de ataques e críticas. Quem decide se um político é forte ou fraco é o povo. As urnas são o instrumento pelo qual o povo se manifesta, o meio pelo qual ele dá sua opinião. Eu deixo para o povo apontar quem é forte e quem é fraco.

aQui: O que marcou a campanha do senhor?
Neto: A recepção do povo nas ruas. Todos entenderam perfeitamente o momento da cidade, que está ainda em um processo de reconstrução. Ficou bem claro, pelas urnas, o julgamento do povo diante de quem destruiu e daquele que está reconstruindo. O recado foi dado pelo povo, e isso é marcante.

aQui: Como analisa ter sido proibido de ficar parado para fazer campanha em um ponto fixo da feira livre de Volta Redonda. Zelo demais ou exagero?
Neto: Acatamos a orientação, apenas isso.

aQui: A presença do senhor no debate da TV acanhou seus adversários, que tentaram até atingi-lo. O senhor se sentiu acuado?
Neto: Acuado não, mas algumas situações no debate são cansativas. Você tem pessoas que já foram testadas, já foram prefeito ou participaram de governos falando e prometendo aquilo que nunca fizeram. No fim, o microfone acaba aceitando tudo, mas o ouvido do eleitor teve bom filtro.

aQui: O senhor viu os cerca de 40 mil votos dados aos candidatos de oposição como um recado dos eleitores de que nem tudo está bem? Ou seria mérito dos seus adversários?
Neto: Tive quase 110 mil votos, ganhamos com 73% do eleitorado praticamente. Mesmo se fosse 100%, ainda carregaria a certeza de que temos muito a fazer.

aQui: Como analisa o fato de que juntando os votos da oposição aos nulos e em branco nem assim o senhor perderia a eleição?
Neto: Como a certeza de que estamos no caminho certo e que o povo nos deu a chance de nos próximos anos completar esse trabalho de reconstrução. Vivemos em uma democracia, e todos têm direito de disputar a eleição. O que não deveriam era falar mentiras e promover ataques infundados. Ficavam falando como se Volta Redonda fosse a pior cidade do mundo, que tudo tinha de mudar. Quem anda um pouquinho pelo Brasil ou mesmo pelo estado do Rio sabe bem que temos uma boa cidade para morar. Mais  uma vez ficou provado que o povo de Volta Redonda sabe distinguir o que é campanha e o que é realidade. Temos uma cidade diferenciada e um povo diferente.

aQui: Dos vereadores que não se reelegeram, quem o senhor lamenta mais?
Neto: Todos que eram da base, pois esta Câmara Municipal foi muito parceira do governo. Se não fosse essa parceria, tudo teria sido mais difícil.

aQui: E quem lhe surpreendeu ao se eleger?
Neto: Todos que se elegeram estavam no páreo.

aQui: O senhor vai mexer na sua equipe para dar espaço para os vereadores ou ex-vereadores que não se elegeram? Quem, e para qual lugar?
Neto: Vamos analisar o que fazer, avaliar as carências e quem pode ajudar.

aQui: Críticos do seu governo afirmam que o Neto, aquele que mudou a
cara da cidade, já não existe mais. Que já deu o que tinha de dar. O senhor acredita que já fez o seu melhor?
Neto: Respeito muito os críticos do meu governo. Não são a maioria, está longe disso até, mas são cidadãos de nossa cidade, e tenho de governar para todos. O que me cabe é trabalhar muito para atender também a eles.

aQui: A sua relação com a CSN oscilou muito em todos os mandatos à frente da prefeitura. Como o senhor vai agir diante da empresa no seu próximo mandato?
Neto: Com respeito e equilíbrio. Como prefeito, defendo os interesses da nossa população e da cidade, assim como o presidente da empresa defende os interesses dos seus acionistas. Temos a real dimensão daquilo que a CSN faz de bom, do que ela pode ainda fazer de bom e daquilo que a empresa pode melhorar na relação com a cidade. Essa relação avançou muito nos últimos quatro anos, e esperamos que siga assim.

aQui: Em se tratando de desenvolvimento econômico, há planos para a cidade ser cada vez menos dependente de uma única grande empresa? Como ocupar, por exemplo, as áreas destinadas ao Condomínio Industrial, que ainda não saiu do papel?
Neto: Essa será uma de nossas principais bandeiras no desenvolvimento econômico. Queremos muito gerar cada vez mais empregos.

aQui: Toda vez em que há troca de poderes, o novo governante assume e muda muitas coisas feitas pelo governo anterior. Supondo que o senhor está recebendo a cidade de outro governante, fazendo uma crítica imparcial, o que há a ser mudado?
Neto: Vamos entregar as obras que iniciamos, temos de melhorar o transporte, buscar melhorias para os servidores. A Saúde sempre precisa de mais ações, mais investimentos. Na Educação, queremos muito reformar todas as unidades.

aQui: A Carla Duarte supostamente foi eleita com a ajuda da máquina da Smas; o Neném, também supostamente, com a ajuda da Ordem Pública. O senhor sabia  disso ? Como evitar o uso da prefeitura?
Neto: É natural que candidatos tenham apoio de pessoas do governo. Mas a máquina não foi usada para ajudar esse ou aquele. Pessoas apoiando outras são situações naturais em todas as eleições.

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