Edital viciado

Edimar volta a bater boca com diretores do G5

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Quem acompanha o meio sindical sabe que, historicamente, nunca houve uma gestão como a que atualmente administra o Sindicato dos Metalúrgicos. As brigas internas são comuns entre Edimar Miguel e integrantes da diretoria, que criaram o G5, de oposição. A última aconteceu na semana passada e envolveu a prestação de contas do órgão. É que o G5 teria, supostamente, publicado um edital, assinado por Edimar, convocando trabalhadores e aposentados para uma assembleia com a finalidade de discutir as contas de 2023 da entidade. Dois dias depois, Edimar cancelou o ato alegando irregularidades na documentação.
Para piorar, divulgou um vídeo dizendo que tomaria medidas cabíveis contra quem falasse que a assembleia aconteceria. “Assembleia cancelada pelo Presidente do Sindicato! Qualquer informação contrária é MENTIROSA e seus propagadores serão responsabilizados!”, advertiu Edimar, explicando que o G5 não teria apresentado a documentação exigida pelo Conselho Fiscal.
O erro de Edimar foi ter publicado o edital cancelando a assembleia ‘extraordinária’, supostamente fake, e convocando a categoria para uma assembleia ‘ordinária’. O erro formal (erro de forma) invalidou o próprio edital, esse sim, publicado por Edimar, o quefezcomqueoG5 realizasse no sábado, 29, a reunião de prestação de contas. E os participantes aprovaram o balanço financeiro do Sindicato para o exercício de 2023, com apenas três votos contrários, conforme informação do boletim divulgado pelo G5.
A reunião foi liderada pelo vice-presidente, Odair Mariano, que justificou a assembleia como uma exigência do estatuto para a discussão das contas do Sindicato. O problema é que, segundo uma fonte, na quinta, 27, teria havido uma discussão entre Edimar e o diretor financeiro, Alex Clemente, na sede do Sindicato. “Faltou pouco para que os dois chegassem às vias de fato”, revelou a fonte.
Coincidência ou não, Edimar publicou o vídeo em seu Instagram, alertando do cancelamento da assembleia, no mesmo dia da suposta briga com Alex. Ele estava visivelmente irritado. Mesmo assim, o líder sindical não conseguiu impedir que as contas de 2023 – as mesmas que Edimar acusou Alex de ter desviado mais de R$ 600 mil – foram aprovadas.
Ainda de acordo com a fonte do aQui, o dinheiro supostamente desviado teria sido enviado pelas centrais sindicais que apoiaram a Chapa 2 nas eleições de 2022. Entre elas, a CTB. Verdade ou não, Edimar – que não é filiado à CTB – e o G5 – cuja maioria é filiada – têm tudo para continuar se estranhando até as próximas eleições do Sindicato.