Representantes de Volta Redonda e de outros municípios da região participaram recentemente de um encontro com o subsecretário estadual de Prevenção à Dependência Química, Marcos Moura. Na pauta, a necessidade de se obter apoio institucional do Estado para fortalecer a prevenção e tratar os dependentes químicos que são atendidos pela rede pública de Saúde. Em muitos casos, por exemplo, é necessário ou recomendado que os pacientes sejam tratados em clínicas terapêuticas, com equipes multidisciplinares com psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e médicos. Com isso, o tratamento fica muito oneroso e é necessário ampliar as parcerias para ofertar esse tipo de serviço no âmbito municipal.
Neuza Jordão, representando o governo Neto, afirmou que é preciso pensar em prevenção e no que pode ser feito para vencer o grande desafio de se criar uma ampla rede contra as drogas. Para Marcos Moura, o encontro serviu para buscar uma melhor aproximação dos municípios com o governo Estadual na construção dessa política de prevenção às drogas, ainda em construção.
Ele ressaltou que está há apenas 60 dias no cargo e precisa se inteirar das particularidades de cada região e municípios para atuar com maior intensidade. “Este encontro foi muito importante para trazer os municípios mais perto do governo Estadual e alinhar uma política de prevenção sobre drogas e dependência química. Será importante ter aqui um conselho regional dos municípios, para que tenhamos um canal permanentemente aberto para discutir essa política e assegurar recursos. Estamos à disposição para ajudar e receber as propostas de todas as cidades do Sul Fluminense para que possamos avançar e trabalhar juntos nessas políticas públicas”, enfatizou Moura.
Uma nova reunião, para definir as propostas de trabalho em conjunto com o Estado, está agendada para o próximo dia 16, no auditório da Smac. O subsecretário aproveitou e sugeriu que seja tirado um representante do Sul Fluminense para participar de uma mesa de trabalho na cidade do Rio de Janeiro. A previsão é de que esta reunião no Rio aconteça até o dia 23 de setembro.
No encontro em Volta Redonda, Munir Francisco, da Smac, lembrou a situação de caos econômico no município e de “terra arrasada” na assistência social que a administração do prefeito Neto herdou. “Quando saímos, em 2016, deixamos 35 Cras (Centros de Referência e Assistência Social) nos bairros funcionando, quatro Centros de Convivência, abrigo. Neste retorno, todos os Cras estavam fechados, os Centros de Convivência sem funcionar. O abrigo municipal Seu Nadim, que atendia mais de 20 pessoas, tinha somente quatro pessoas assistidas. Já conseguimos reinaugurar 24 Cras dos que estavam fechados, centros de convivência, revitalizamos o abrigo Seu Nadim. Precisamos muito dessa parceria com o Estado, porque sozinhos não vamos conseguir. É preciso que tenhamos unidades terapêuticas com equipe multidisciplinar completa para recuperar as pessoas que necessitam de tratamento”, justificou.