sexta-feira, junho 2, 2023
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Bate-Bola Sergio Luiz

Este é o time do Juventus do Retiro em 1975/76. Pertence ao acervo do Paulo Miranda.

Em pé, da esquerda para a direita: (NI), Paulão, Dejair, Carlinhos Moreira, Paulo Valeta, Luisinho Moreira e Pedrinho da 60. Agachados: Tatu (treinador), Divino, Paulo Carvalho, João Caroço, Wilson pé na cova, Hélcio e Wilson.

Batom na cueca
Concordo que o Voltaço fez uma bela campanha no Estadual deste ano, chegando entre os quatro melhores do Rio, deixando para trás o Botafogo, um dos maiores clubes do mundo. E também que o tricolor de aço vem brilhando na Copa do Brasil, passando para a terceira fase, coisa que não acontecia desde 2006. Tudo isso em função de um time bem armado por um excelente treinador e que vem jogando um futebol de primeira qualidade.
Admito até que a Federação Carioca lhe passou uma perna de anão ao marcar seu jogo contra o Fluminense para o sábado e não para segunda-feira, como havia feito com Flamengo e Vasco. Neste episódio, ficou claro que falta força ao Volta Redonda na Federação. E, óbvio, que todos os caminhos levavam a termos um Fla x Flu na final do Carioca de 2023.
Reconheço que houve, sim, desgaste emocional e físico dos jogadores, que no meio da semana conseguiram uma classificação pesada, nos pênaltis, diante do Atlético-GO pela Copa do Brasil. Concordo até que o Volta Redonda foi prejudicado em alguns lances nos dois jogos pela omissão do maldito VAR.
Mas não posso concordar e nem admitir que um time com todos esses predicados seja goleado de forma humilhante por 7 a 0. Pior: é igual a mancha de batom na cueca, não tem explicação. Alguns argumentos caem por terra. Por exemplo: alegar cansaço da viagem e calor abrasador. Ora, ninguém se cansa em apenas oito minutos de jogo para tomar dois gols. Como explicar? Tem mais. Como terminar o primeiro tempo já tomando de cinco? Foi demais. Como explicar que o ataque mais positivo do campeonato, na reta final, não fez sequer um golzinho? Difícil de explicar, difícil de entender e difícil de aceitar. Humilhação, vexame, incompetência, forças ocultas, VAR? Prefiro acreditar que são coisas do futebol. Tenho dito!

Fake News
Uma mensagem que viralizou nas redes sociais dava conta que o Volta Redonda teria entregado o jogo contra o Fluminense. Fake News, é claro. O pior é que já tinha circulado em 1998 logo depois da derrota do Brasil para a França por 3 a 0, quando Ronaldinho Fenômeno teve uma convulsão. Foi até repetida em 2014, depois do fatídico 7 a 1 sofrido para a Alemanha. Uma brincadeira de mau gosto, que pode virar até caso de polícia. Afinal, foram citados nomes de alguns jogadores, que precisam se defender. Pura palhaçada.

Renovação
A boa notícia é que o técnico Rogério Corrêa continuará à frente do Voltaço até o final da temporada. O ideal agora é evitar a saída dos jogadores mais importantes e trazer mais reforços, porque o elenco é pequeno. A lista dos jogadores que terão seus contratos encerrados em abril é grande. Começa pelos laterais Wellington Silva, Ricardo Sena e Luiz
Felipe. Passa pelos zagueiros Alix (mês 11), Daniel Felipe e Sandro. Pelos volantes Henrique e Danrley; pelos meias Naninho (mês 11), e pelos atacantes Lelê (já acertado com o Fluminense), Pedrinho (mês 11), Luizinho, Macário, Berguinho (mês 11/24) e Cachoeira.

História
Outra peripécia do ex-goleiro Renato Papai, um dos melhores da história do Voltaço. Certa vez, num jogo contra o Vasco, no Raulino, nosso herói estava com a cachorra e resolveu não só fechar o gol, mas também sacanear os jogadores do Vasco. Num lance, Cláudio Adão (um cracaço, né?) foi lançado em profundidade, porém Papai saiu do gol fez a defesa e ficou quicando a gorduchinha no gramado. Cláudio Adão veio na corrida e tentou tomar-lhe a pelota. Renato simplesmente deu um tapa na bola, encobrindo o atacante. Não satisfeito com o lençol dado, olhou para trás, com cara de deboche e deu um sorriso para o atacante cruzmaltino, que não gostou da brincadeira e partiu para cima do gozador. A turma do ‘deixa disso’ chegou para aliviar a barra do goleiro, que só gritava: “ai, ai, calma, papai, calma, papai”. É mole? Renato tinha corpo de homem e cabeça de moleque.

Lelê
Lelê terá seu contrato encerrado no próximo dia 10 de abril e já assinou com o Fluminense a partir de 11 de abril, mas só poderá ser utilizado no Campeonato Brasileiro e na Taça Libertadores. Os dirigentes tricolores estão negociando a liberação do atleta, antes do encerramento do contrato.
O meio-campo Marcelo está de volta pela terceira vez. E vem para o campeonato brasileiro.

Despesas
As taxas que a Federação Carioca cobra dos clubes nos seus jogos são exorbitantes. Por exemplo: no jogo entre Fluminense e Volta Redonda, no dia 18, sábado, a renda foi de R$1.344.694,57 e a despesa foi de R$ 434.518, 97. Coube ao Fluminense, como vencedor, R$ 260.711,38 e ao Volta Redonda, R$ 173.807,59. A taxa da Federação foi de R$ 173.746, 25. Fonte: Borderô da Federação.

Bola fora
Para a humilhante goleada sofrida pelo Voltaço para o Fluminense. Nem os deuses do futebol explicam um resultado de 7 a 0. Principalmente de um time que vinha fazendo uma bela campanha no estadual. Todos os argumentos e desculpas não convencem. Mas bola pra frente. É pensar na Copa do Brasil e na série C que vem por aí.

Bola dentro
Para a decisão do Estadual entre Flamengo e Fluminense. Mesmo com todas as reclamações e armações, temos que admitir que são os dois times que estão jogando o melhor futebol no Rio de Janeiro. Menção honrosa para o Voltaço, que, apesar do vexame
na semifinal, fez um grande campeonato. Está indo longe na Copa do Brasil.

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