quinta-feira, março 28, 2024

Viva

A Rodovia Presidente Dutra atingiu o menor índice de vítimas fatais no ano de 2018. Entre janeiro e dezembro do ano passado foram contabilizados 130 óbitos, o menor número desde o início da administração da rodovia pela CCR NovaDutra. Em 1996, primeiro ano da concessão, foram registradas 520 ocorrências, uma queda de 75% em 22 anos.

As estatísticas são ainda mais favoráveis considerando o aumento progressivo do volume de tráfego na rodovia, chegando a uma redução de 87% no índice de mortos. O número de acidentes também teve uma redução de 11% comparado ao ano de 2017: de 9.028 acidentes em 2017, para 8.054 acidentes em 2018.

Quando assumiu a administração da via Dutra, em março de 1996, a CCR NovaDutra deparou-se com uma rodovia em estado precário, com pontos de travessia em nível, inexistência de muros de separação de pistas, sinalização deteriorada e pistas esburacadas. Vinte e dois anos depois a Via Dutra se transformou em uma rodovia moderna e segura, com investimentos e ações que garantiram mais segurança e conforto aos motoristas e passageiros que trafegam pelos 402 quilômetros, entre o Rio de Janeiro e São Paulo.

De acordo com o diretor da NovaDutra, José Herzen, a redução no número de vítimas fatais confirma o acerto da política de investimentos da empresa. “Desde que assumimos a administração da Via Dutra, trabalhamos para a diminuição dos acidentes graves e, por consequência, para a redução do número de mortes na rodovia. Este sempre foi um ponto primordial na atuação da Concessionária. O trabalho em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), mais de R$ 20 bilhões investidos em melhorias operacionais, impostos, conservação da rodovia e obras de segurança aliadas a melhorias permanentes de pavimento e sinalização; ampliação da capacidade de tráfego da rodovia, campanhas de segurança para motoristas e pedestres e a instalação de controladores de velocidade, que complementa o trabalho de fiscalização realizado pela PRF com radares móveis, foram fundamentais para reduzir a violência dos acidentes”, ressalta.

Com equipes de resgate altamente treinadas e com ambulâncias e estruturas de atendimento e remoção alinhadas às mais modernas do mundo, a concessionária leva menos de quinze minutos, em média, para que uma de suas unidades de resgate atenda a um chamado de emergência. As campanhas de conscientização realizadas mensalmente pela Concessionária, com distribuição de folhetos informativos e instalação de faixas com dicas de segurança e mensagens nos Painéis de Mensagens Variáveis (PMVs) também contribuem para a redução inédita de acidentes e vítimas fatais no ano de 2018.

Projetos como o ‘Caminhos para a Cidadania’, que leva noções de trânsito e cidadania a crianças de escolas públicas dos municípios que cortam a rodovia, e o programa Estrada para a Saúde, que conscientiza os motoristas de caminhão sobre a importância dos cuidados com a saúde, são algumas das ações que contribuem para a diminuição de acidentes e mortes na via Dutra.

Além disso, há a CCRFM 107.5 NovaDutra, um importante canal que leva informação em tempo real sobre as condições de tráfego da rodovia, dicas diárias de direção segura e informações que contribuem para a conscientização dos motoristas da via Dutra.

Morte

Mas nem tudo são flores. Motivadas por férias escolares, festividades e a alta temporada de verão, muitas famílias estão arrumando as malas e pegando as estradas. E isso vai até o Carnaval, no início de março. A espera por momentos de lazer pode dar lugar a alguns transtornos e até mesmo tragédias, sobretudo por conta do aumento do tráfego nas rodovias. Segundo o DATASUS, órgão do Sistema Único de Saúde, em todo o Brasil, mais de 3,5 mil pessoas morrem por mês no trânsito. Em dezembro, principalmente nos últimos dias do ano, o número chega a aumentar 12%.

A começar pela estatística do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), que indica que 90% dos acidentes de trânsito no Brasil são causados por falhas humanas, os fatores associados à negligência estão entre os mais praticados por motoristas. Verificar as condições de pneus e estepes antes das viagens, por exemplo, diminui os riscos de perda de controle do veículo ao transitar nas estradas. Outra atitude negligente é a falta de utilização de cadeirinhas e dispositivos de segurança, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são equipamentos capazes de reduzir a mortalidade entre 70% e até 80% das crianças.

O uso de celular ao volante é mais um ato preocupante. Dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) indicam que esta é a terceira maior causa de fatalidades de trânsito no país, responsável por tirar a vida de cerca de 150 pessoas diariamente. Segundo a especialista em simuladores de direção e diretora da ProSimulador, Sheila Borges, essa conduta também pode ser mudada. “A segurança das pessoas deve ser tratada como prioridade. Bastam quatro segundos com o carro a 80 km/h para acontecer um acidente grave. Esperar até a próxima parada em algum posto ou encostar o veículo em área permitida para responder mensagens e fazer ligações é uma ação simples, que pode fazer toda a diferença e ajudar a preservar vidas”, orienta.

Excesso de velocidade

No ano passado, de acordo com um levantamento divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), somente nas rodovias federais foram registrados 89,3 mil acidentes graves, que resultaram em 6,2 mil mortes e 83,9 mil feridos. Destas eventualidades, o excesso de velocidade foi responsável por pouco mais de mil óbitos e 9,6 mil feridos.

Para a especialista em educação digital e diretora da Procondutor Claudia de Moraes, a conduta imprudente está inserida na cultura do motorista brasileiro. “Infelizmente, quando dirigem com a velocidade acima do permitido, os condutores acreditam que nada pode acontecer e que ultrapassar o limite é normal. Porém, em um simples desvio de atenção no percurso ou até mesmo por conta da pressa, ele não enxerga um motociclista no ponto cego, um pedestre ou animal nas vias e isso pode trazer consequências irreparáveis”, afirma Claudia.

Ainda que as falhas humanas tragam os maiores prejuízos no trânsito, existem também outras causas que contribuem com infrações e acidentes, como a precariedade das rodovias em algumas regiões, má sinalização, buracos, entre outros. Segundo a especialista em mobilidade humana e gerente do Instituto Mobih Viviane Chaves, departamentos e órgãos de trânsito podem contribuir ainda mais com a diminuição desses índices. “Debater medidas que tragam segurança e chamar a atenção da sociedade para o número de acidentalidade e mortes no trânsito por meio de mais campanhas de conscientização e ações educativas seriam fundamentais para mudar esse cenário”, conclui.

 

Desobediência às leis já é segunda maior causa de acidentes nas rodovias federais

A desobediência às leis de trânsito já é a segunda maior causa de acidentes no país. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), de janeiro a setembro de 2018, este fator foi responsável por 515 mortes nas rodovias federais, atrás somente da desatenção ao volante.

Somados a algumas infrações habituais, esses dois motivos têm contribuído com o cenário trágico no trânsito brasileiro: faróis baixos nas estradas, ultrapassagem pela faixa contínua, transitar com o veículo em cima da faixa e do acostamento ao mesmo tempo, falta de indicação com a seta, uso de celular ao volante, excesso de velocidade, entre outros. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a probabilidade de um pedestre sobreviver a um atropelamento ocasionado por um motorista que trafega a 64 km/h é 80% menor do que a de um atingido por veículo que trafega com a metade desta velocidade.

O Ministério das Cidades anunciou recentemente o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), visando reduzir pela metade o número de acidentes de trânsito em um período de 10 anos. Embora o planejamento a longo prazo seja uma alternativa, para tornar o trânsito mais seguro em um cenário mais próximo, a educação e o aprimoramento dos condutores são fatores fundamentais. É o que defende a especialista em educação digital e Diretora de Produtos da Procondutor, Claudia de Moraes.

“Já existem várias tecnologias que têm auxiliado na formação de condutores e também a aprimorar o conhecimento de quem já dirige. É o caso das salas multimídia como apoio pedagógico nas aulas teóricas de obtenção da primeira CNH, com conteúdos que ajudam os alunos a terem melhor aproveitamento nos estudos, seja por meio de vídeos, infográficos ou simulados, que tornam o aprendizado mais interessante e fácil de assimilar. Outro exemplo está no ensino a distância (EAD), que tem se tornado um método poderoso em cursos de reciclagem para condutores infratores, fazendo com que as pessoas tenham mais consciência e tornem o trânsito mais seguro ao resgatar sua habilitação”, sugere a especialista.

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