A queda de um helicóptero, na manhã de quinta, 15, em Passa Três, distrito de Rio Claro, que provocou a morte de duas pessoas, está cercada de mistérios. A aeronave – modelo Robinson R44, prefixo PR-ESK – é de pequeno porte, com capacidade para três passageiros, e está registrada na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para operar como táxi aéreo, embora esteja registrada em nome de um particular (Kaio Genario Ferreira de Melo), e não de uma empresa.
As vítimas foram identificadas como Gelson M. da Silva, 34, e Lopez E. Daniel, 38. Mas os jornais da capital dão conta que as identificações não batem. Um deles, inclusive, teria duas carteiras de identidade – uma brasileira, outra, paraguaia. E ambas podem ser falsas. Tem mais. O plano de voo não foi encontrado e, até o fechamento desta edição, não se sabia onde o aparelho teria iniciado a viagem. E nem para onde ia.
Nas imagens – chocantes – enviadas ao aQui por leitores, é possível ver que uma das vítimas estava presa aos destroços da aeronave, enquanto outra teria sido ejetada da cabine na colisão com o solo. O local da queda é um descampado, com alguns morros, e relatos informam que a área é de difícil acesso. Não há casas próximas ao local do acidente.
Segundo relatos de testemunhas, alguns estrondos teriam sido ouvidos, enquanto o helicóptero voava, e o aparelho teria caído com o rotor já parado. Outras disseram ter visto uma das hélices – ou parte dela – caindo segundos depois da aeronave já ter se chocado com o solo. Isso poderia indicar que uma das pás do rotor teria se soltado durante o voo. Mas as causas do acidente só serão conhecidas após as investigações, que são feitas pelo Cenipa (Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos).