O prefeito Rodrigo Drable, bem ao seu estilo, disse, em entrevista exclusiva ao aQui, que é favorável ao início do processo eleitoral visando as eleições de 2020. Isso porque, como todos sabem, alguns dos seus adversários já andam plantando notícias nas redes sociais e nos jornais sobre suas pré-candidaturas a prefeito. Foi o caso do empresário Bruno Marini, J. Chagas, Tuca e Guto Nader. Sem esquecer a confusão gerada quando Jackson Emerick, presidente do diretório do SD (Solidariedade), lançou o nome de Cláudio Manes à sucessão de Rodrigo. Depois de um ‘piti’, Manes desmentiu Jackson, que estaria disposto a procurar quem tenha mais coragem de vestir a camisa do seu partido.
Na entrevista ao aQui, Rodrigo deixou claro que vai tentar se reeleger e aproveitou para cutucar os adversários, a quem acusou de se esconderem quando mais a população de Barra Mansa precisava de ajuda. “Poderiam ter colocado a cara na rua”, disparou, aproveitando para anunciar que reivindicou ao governador Wilson Witzel a instalação de uma Escola Militar em Barra Mansa.
Veja a íntegra da entrevista com Rodrigo Drable.
aQui: Na segunda, 4, o governador Wilson Witzel inaugurou uma escola militar em Volta Redonda e disse que pretende abrir uma unidade em todos os municípios fluminenses ou, se for o caso, uma para cada duas cidades. Seria o caso de Volta Redonda e Barra Mansa? Ou você pretende pedir uma só para BM? Teria local? Onde? Seria para esse ano ainda?
Rodrigo: Queremos uma escola militar em Barra Mansa, sim. Inovamos, em nosso governo, com a implantação da escola integral na rede municipal, com línguas como francês e alemão, entre outras atividades, e já manifestei o interesse (ao governo) em ter uma escola militar em nosso município.
aQui: Além da escola militar, Witzel teria prometido criar uma Delegacia de Homicídios em Volta Redonda para atender a região. O senhor não acha que Barra Mansa está sendo muito abandonada pelo governo, não?
Rodrigo: Volta Redonda recebeu a escola militar, pois tinha uma escola fechada (um Ciep estadual localizado no Açude, grifo nosso). Graças a Deus não temos estrutura ociosa em Barra Mansa. Algumas das escolas que temos podem adotar o modelo de escola militar. O governador tem nos dado a atenção que temos demandado. Foi importante termos eleito um deputado da cidade (Marcelo Cabeleireiro), e a interlocução está ótima. O Estado tem suas limitações e, com isso, tenho priorizado o que queremos de atendimento.
aQui: Barra Mansa vai inaugurar uma fábrica de óculos e uma escola em Rialto, entre outras. Se a prefeitura não tinha recursos, não tinha dinheiro, o que o senhor fez para viabilizar as obras?
Rodrigo: A fábrica de óculos foi criada a partir da doação dos equipamentos, todos novos. A partir disso, adquirimos lentes, armações e outros insumos, com a previsão de confeccionarmos 5.000 óculos por ano. A escola de Rialto foi reformada através da mão de obra da nossa equipe de funcionários, e contou com a atenção minuciosa da diretora da unidade que, por conhecer o dia a dia da escola, nos indicou o que precisava ser feito, como a construção de salas de atendimento específico. Temos feito as obras com criatividade e uma equipe motivada!
aQui: Qual a importância da inauguração da Clínica de Hemodiálise para quem é de BM? Quantos pacientes estão cadastrados na prefeitura? Existe procura e, existindo, quando serão atendidos? Vai atender pacientes de outras cidades?
Rodrigo A Clínica de Hemodiálise nos tira da amarra da empresa. Deixamos de estar vulneráveis às pressões financeiras. E foi excepcional que ela fique instalada na Santa Casa, pois acontecem intercorrências durante o procedimento da diálise. Se, por exemplo, acontecer a ruptura de uma fístula, é muito mais seguro para o paciente já estar dentro de um hospital. Se essa clínica estivesse em outro ambiente, que necessitasse de socorro por ambulância, isso aumentaria o risco ao paciente.
O mais importante foi dar tranquilidade aos pacientes, permitir que eles fiquem na cidade, e termos proporcionado um ambiente mais confortável.
Quanto ao atendimento de pacientes de outras cidades, é possível que, havendo disponibilidade, eles também sejam atendidos. Mas essa marcação é feita pela central de regulação do Estado.
aQui: Quando as obras da nova ETE e da pavimentação da Avenida Kennedy serão iniciadas e com qual previsão de conclusão?
Rodrigo: A obra da Estação de Tratamento de Esgoto está em fase de homologação da licitação, e o início se dará em sequência. Já a licitação da Presidente Kennedy será no próximo dia 27. Minha expectativa é começar as obras no final de julho.
aQui: O governador prometeu construir 400 casas em Barra Mansa para atender aos que foram desalojados com as últimas chuvas. Dá para acreditar nisso?
Rodrigo: No dia em que esteve em Barra Mansa, o governador Wilson Witzel apresentou sua proposta de projeto habitacional para o Estado, com a construção de 22 mil unidades por ano. Eu ainda não tenho detalhes de como isso será feito, mas estamos trabalhando com a Cehab (Companhia de Habitação do Estado) para analisarmos algumas possibilidades.
aQui: O J.Chagas, segundo boatos, estaria disposto a se lançar como candidato a prefeito. Vocês romperam?
Rodrigo: O J.Chagas me procurou e conversamos sobre o interesse dele de administrar o Restaurante Popular, que é um sonho antigo dele. Penso que ele seria um grande gestor do restaurante, mas o restaurante é do Estado e não depende apenas de mim a indicação do administrador. O governador prometeu reabrir o restaurante, mas não tenho prazo. Em função disso, o J.C me disse que prefere seguir o caminho dele, e eu o respeito. Todos têm que lutar pelos seus sonhos.
aQui: O prato político das eleições já está sendo servido por vários dos seus adversários. O que acha da antecipação eleitoral? Será candidato à reeleição?
Rodrigo: Quanto à antecipação eleitoral, penso que está na hora, sim. O que acho chato é ver algumas pessoas criticando o que fazemos, sentados nos sofás de suas casas. Com tanta tragédia que aconteceu na cidade esse ano, poderiam ter colocado a cara na rua e se oferecido para ajudar a população, que enfrentou tanta dificuldade. Já fiquei sem mandato, mas nunca deixei de estar na rua, principalmente na dificuldade.
aQui: O senhor não respondeu à pergunta se será ou não candidato à reeleição…
Rodrigo: serei pré-candidato sim. Ainda estou correndo atrás de realizar meus sonhos para Barra Mansa. Fizemos muita coisa até agora, mas estamos longe de realizar tudo o que eu gostaria!