Considerado ‘chique’ na década de 70, o hábito de fumar esconde vários problemas de saúde pública. E, apesar de ainda ter adeptos, vem diminuindo ao longo dos anos. Um estudo publicado na revista científica The Lancet, por exemplo, mostra que o Brasil faz parte de um seleto grupo de países que conseguiu reduzir a quantidade de fumantes nos últimos vinte anos.
A notícia, sem dúvidas, merece ser comemorada. Explico: O cigarro não provoca apenas o aparecimento do câncer no pulmão e/ou na garganta. Ou em ambos. Ele também pode estar ligado à pressão alta, ao infarto, ao “derrame cerebral” e à bronquite crônica. Quer mais? Em relação ao cabelo, as substâncias do maldito cigarro diminuem o calibre dos pequenos vasos, reduzindo a quantidade de nutrientes e de oxigênio que chegam ao folículo piloso, facilitando a queda dos cabelos. Resultado: quer queiram ou não os fumantes, graças ao cigarro o processo de calvície pode ser acelerado nas pessoas com tendência genética.
A diminuição dos nutrientes associada às toxinas absorvidas por quem traga destroem as células responsáveis pela coloração dos fios, contribuindo para o surgimento dos fios brancos. Além disso, o calor produzido pela ponta do cigarro também contribui para o envelhecimento dos fios de cabelo, deixando-os ressecados, opacos e com pontas duplas.
Dessa forma, fica claro que o cigarro causa muito mais danos do que a maioria das pessoas pensa. Por isso temos é que comemorar os resultados das últimas pesquisas, que mostram que o número de fumantes está diminuindo. Pode ser menor se conseguirmos desenvolver um trabalho de conscientização mais forte junto aos fumantes, não importa a idade.
Dr. André Bahia é médico com pós-graduação em Dermatologia e Tricologia Médica, CRM 52.87713-1. Atende no Hospital das Clínicas (24) 2102-0088 / Centro de Saúde Renascer (24) 3343-2150 / Rio Medical Center (24) 2108-0030. Instagram @drandrebahia