Recentemente, várias reportagens veiculadas na imprensa deram destaque ao ‘chip da beleza’, que muitas famosas estariam usando. A discussão nas redes sociais logo surgiu. Afinal, como num passe de mágica, ele transformaria qualquer mulher em uma deusa? Se fosse tão simples assim, seria uma maravilha. Ou seja: desconfie!
Inicialmente eles foram desenvolvidos para serem usados como anticoncepcional de longa duração para mulheres que queriam evitar a gravidez e ainda os sintomas indesejáveis da menstruação e do período pré-menstrual.
Com o tempo, passou-se a usar diversas combinações hormonais de acordo com as queixas e objetivos das pacientes, usando hormônios bioidênticos (produzidos em laboratórios, mas iguais aos que produzimos) que são liberados diariamente, em pequenas quantidades, mesmo que não estejam em falta no organismo.
Deve ser feita uma avaliação hormonal minuciosa, do histórico pessoal e familiar de trombose e câncer e exames laboratoriais gerais. Só devem ser usados quando realmente existir a necessidade e não somente para fins estéticos. Do mesmo jeito que têm efeitos benéficos, eles podem provocar muitos efeitos colaterais.
Os efeitos indesejáveis variam com cada hormônio utilizado, mas, dentre eles, na dermatologia, podemos notar quadros de espinhas, oleosidade na pele, surgimento ou piora de manchas, queda de cabelo e aumento de pêlos. Sem uma dieta balanceada e realização de atividade física, o chip ainda pode provocar o aumento de peso.
Resumindo, o uso de hormônios só deve ser feito quando realmente houver a indicação prescrita por dermatologistas e não somente para fins estéticos.
Maitê Vieira Bahia é Médica com pós-graduação em Dermatologia, CRM 52.85624-0 Atende no Centro Médico, ao lado do Hospital Vita – telefone (24) 2102-0088 e no Centro de Saúde Renascer – telefone (24) 3348-1098. Confira meu perfil no Instagram: @dramaitebahia