Ao se despedir de 2018, o empreendedor e administrador do grupo Attiva, Bruno Marini (foto), revelou com exclusividade ao aQui as suas expectativas pela chegada do Ano Novo. Muito além da mudança no calendário, ele aposta nas medidas que devem ser implantadas no Brasil a partir deste mês, com a posse do presidente Jair Bolsonaro, dos novos senadores, governadores e deputados. No Rio de Janeiro, um dos destaques, segundo Bruno, passa pelo fim da intervenção federal na área de Segurança Pública.
“Adepto a políticas liberais, Bolsonaro assume o país tendo como principais objetivos a redução do déficit econômico, a geração de empregos, além, claro, de minimizar a disparidade causada pelos altos impostos. Tudo aponta para um quadro de profundas mudanças no país”, avalia o empresário barramansense.
Bruno vai além. “As transformações já começaram, basta analisar alguns fatos. Estamos com um ex-presidente, dois ex-governadores do Rio na prisão. Destaque também para a manutenção da prisão do ex-presidente da Câmara Federal e de alguns deputados da Alerj. Plagiando o ex-presidente Lula, nunca antes na história deste país houve cena semelhante. A operação Lava Jato, comandada pelo já ministro da Justiça, Sérgio Moro, produziu bons resultados e atende ao clamor da sociedade pela moralidade e ética na política e na máquina pública. A época em que os crimes do colarinho branco não eram punidos está sendo deixada para trás”, dispara.
Para 2019, apesar das resistências, Bruno entende que a reforma da Previdência deve sair do papel. “Um dos entraves para encaminhar o assunto era a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Assim como a reforma das Leis Trabalhistas, em vigor há cerca de um ano, as duas medidas precisam ser encaradas com pulso firme. Trabalhadores, empresários e governo terão que conduzir essas questões baseadas na nova realidade socioeconômica do país. São escolhas a serem feitas. Ou se reformula a previdência, assim como a carga tributária no país, ou vamos continuar mantendo o déficit de ocupação da mão de obra. Recentemente, o já ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou o corte de 30% nos recursos repassados ao Sistema S, em reunião na sede da Firjan – RJ. Na ocasião, Guedes ironizou questionando aos empresários se eles realmente acreditavam que somente os sindicatos teriam cortes em seus orçamentos? As privatizações também estão na pauta do novo governo, que tem a economia como objeto de maior atenção”.
Polêmica
Com referência ao estado do Rio, Bruno Marini ressalta que o governador Wilson Witzel também tem grandes desafios a vencer, como o combate à corrupção e ao tráfico de drogas, além da responsabilidade de promover o desenvolvimento econômico. “A declaração de que policiais que matarem quem portar fuzis não devem ser responsabilizados gerou polêmica em meio à magistratura fluminense, mas teve apoio e repercussão na sociedade. É mais um perfil das mudanças aguardadas pela população”, avalia. Questionado sobre seu futuro político, Bruno Marini afirmou que existem alguns encaminhamentos, inclusive para uma possível candidatura a prefeito de Barra Mansa.
“O cenário é bastante favorável politicamente. Apoiei Bolsonaro e Witzel, assim como o deputado federal eleito delegado Antônio Furtado. Já foram realizadas algumas conversas nesse sentido, porém qualquer decisão, nesse momento, seria prematura. Penso que o momento é de ajudar na construção desse novo Brasil e de buscar o desenvolvimento do Sul Fluminense”, concluiu Bruno Marini.