Por Pollyanna Xavier
Continua presa, em uma cadeia feminina do Rio, a mulher que supostamente aplicou um golpe em um dentista que atua em Barra Mansa e Volta Redonda, onde mora. Trata-se de Rosane Aparecida de Oliveira, que estaria se passando por promotora de Justiça e mãe de um delegado da Polícia Federal. Ela foi presa, em flagrante, por crime de extorsão mediante restrição de liberdade. Ela manteve o dentista preso na casa dele, localizada no Laranjal, por dois meses, sem comunicação com ninguém. Informações dão conta que ele teria desmarcado as consultas da agenda dos consultórios odontológicos de Barra Mansa e Volta Redonda, levantando suspeita de familiares. O fato veio à tona no dia 23 de janeiro, quando a mulher foi detida.
O dentista, de 54 anos, e a mulher, de 59, teriam se conhecido nas redes sociais e começaram um namoro. Num determinado momento, ela, supostamente, teria dito a ele que a Polícia teria encontrado 40 quilos de cocaína na casa de praia dele, em Paraty, e, para livrá-lo da prisão, Rosane teria exigido R$ 500 mil, valor que supostamente iria pagar a advogados para defendê-lo. Para isso, o dentista teria vendido uma casa em Paraty por R$ 120 mil, bem abaixo do mercado, a um vizinho, e parte do dinheiro teria sido depositada na conta de Rosane. Outra parte ainda não transferida, a Polícia teria bloqueado. O fato foi denunciado pela irmã do dentista, que desconfiou da falta de comunicação do irmão por quase dois meses. Na 93ª DP, para onde a suspeita foi conduzida, foram descobertos outros dois golpes que, supostamente, também teriam sido praticados por ela. Um no Paraná e o outro, em Resende. A reportagem tentou falar com o dentista por mensagem, mas não obteve resposta. O aQui continua à disposição do dentista e de seus familiares, mantendo o espaço em aberto, caso queiram contar suas versões da história.