quinta-feira, abril 18, 2024
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Setembro Amarelo: mês da prevenção ao suicídio

O Brasil registra, em média, 32 suicídios por dia, cerca de 11,6 mil por ano. A maioria, jovens. E ao contrário do resto do mundo, onde as taxas de suicídio estão caindo, no Brasil o índice de suicídios entre jovens de 10 a 19 anos aumentou 24%, entre 2006 e 2015, nas seis maiores cidades brasileiras. De acordo com a pesquisa que levantou esses números, no interior do país o aumento foi de 13%.

O suicídio é considerado um problema de saúde pública no mundo inteiro. Por ser um assunto difícil de se tratar, são feitas várias campanhas para tentar esclarecer o tema, e por isso o setembro amarelo, quando no dia 10 é realizado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Desde 2015, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) realizam a campanha do setembro amarelo no Brasil. Este ano o tema é: “Combater o estigma é salvar vidas”.

O tema é difícil de se tratar, mas os dados mostram que é necessário falar disso. Não se trata de questionar os motivos, culpar, ou julgar. Quem chega ao extremo de tirar a própria vida tenta se livrar de muita dor, de um sofrimento insuportável. E não importa qual a causa desse sofrimento, mas sim o que podemos fazer para ajudar.

É preciso estar atento aos sinais de alerta, como o isolamento, as mudanças de hábitos, perda de interesse por atividades que gostava antes, descuido com a aparência, piora do desempenho escolar ou no trabalho, alterações no sono e apetite. E antes de mais nada, escutar, procurar saber o que está acontecendo, sem julgamentos. A ajuda de um profissional especializado, um psicólogo capacitado, também é fundamental.

Valorizar a vida inclui ser solidário e ter empatia pelo sofrimento alheio e, mais que isso, cuidar e ajudar. O número do CVV, que conta com voluntários especializados na prevenção ao suicídio, é 188.

Edson Quinto é vereador e presidente da Câmara de Volta Redonda

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