A Convenção Coletiva 2024/2025 dos profissionais da Construção Civil acabou sendo assinada por Zeomar Tessaro, presidente do Sindicato da categoria. E, ao contrário do que o sindicalista exigia, sem a famosa taxa de 5% sobre o vale-alimentação que o órgão estava querendo cobrar dos trabalhadores não sindicalizados. “O Sinduscon-SF informa que o impasse envolvendo a CCT 2024/2025 foi finalmente resolvido. Após intensas negociações e mediações, o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil do Sul Fluminense assinou, na tarde do dia 9 de setembro, o acordo que havia sido previamente aprovado pelos trabalhadores em assembleia”, disse Elissandra Cândido, líder do sindicato patronal, em nota postada nas redes sociais.
Sobre a assinatura do acordo, Zeomar Tessaro, presidente do Sindicato da Construção Civil, disse que ela foi estratégica para garantir os benefícios previstos na convenção. “O sindicato reforça que assinou a convenção coletiva para que os trabalhadores recebam os retroativos de salários e benefícios, mas a briga continua e estamos no aguardo do Ministério Público do Trabalho quanto à mediação para ampliar os dias de atestado médico, para que o trabalhador não seja penalizado com a perda do seu vale-alimentação”, disse o sindicalista, reafirmando que o objetivo da cobrança da taxa nunca foi o de arregimentar
novos sócios para o sindicato, mas, sim, uma moeda de troca para pressionar os patrões. “Essa é uma demanda antiga da categoria que nunca foi atendida”, justificou.
Questionada sobre a polêmica, a presidente do Sinduscon, Elissandra Cândido, confirmou que há, sim,ncorte na cesta básica de funcionários que ultrapassam o limite de atestados médicos, uma medida que, segundo ela, foi aprovada anteriormente em assembleia pelos próprios trabalhadores. “Entendemos que os trabalhadores tinham que ter um limite de aceitação de atestado médico, que está estabelecido na CCT, e as empresas vêm cumprindo. Não tem acordo paralelo a isso. Mais uma vez o Zeomar tenta quebrar, articular, um tema para proteger a si mesmo. Como ele teve que assinar a CCT por pressão, eu imagino que dos diretores e dos próprios trabalhadores, disparou um texto maldoso dizendo que vai para o Ministério do Trabalho fazer uma denúncia. Essa denúncia não existe. Existe um processo de convenção coletiva cujos termos foram aprovados em
assembleia”, retrucou.
Elissandra aproveitou para mandar um recado ao sindicalista. “Se no ano que vem ele quiser discutir, provocar ou puxar greve, retornaremos ao assunto. Não tem nada que questionar o que foi discutido e aprovado na mesa redonda. Ele mencionou [a questão da cesta básica], mas esse tema não foi pauta de discussão. Então, mais uma vez, o Zeomar está manipulando para se promover diante dos trabalhadores, porque ele ficou em uma situação delicada”, finalizou
Sem taxa
Sindicatos da Construção Civil continuam em guerra