quinta-feira, outubro 3, 2024
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Partos ‘anormais’

nilza dias

“Gravidez: estado de graça, um momento lindo de transformação, espera, sonhos e preparativos. E, de repente, sonhos desmoronados, por sucessões de erros desses chamados ‘médicos’, desses q juraram salvar vidas custe o que custar”. Foi com essa postagem que Nilza Dias avisou aos amigos e parentes que sua neta recém-nascida estava morta. O parto malfadado da criança, feito no último dia 25, gerou comoção e polêmica em Volta Redonda, pois a família acusa os médicos do Hospital São João Batista de terem cometido uma série de erros que causando a morte da menininha que se chamaria Jasmine.

 

Com o prontuário em mãos, a família procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência, alegando que sua filha deu entrada no hospital com fortes dores. A médica que a atendeu primeiro teria sugerido, após três dia de observação, que fosse feita uma cesariana, dado o fato do bebê ter apresentado “oscilação nos batimentos cardíacos”. Contudo, ainda no dia 24, outra médica que assumira o plantão não teria seguido a orientação de sua colega, pois, conforme explica Nilza, a parturiente “apresentava dilatação” e, por isso, optaria pelo parto normal.

 

No boletim de ocorrência, Nilza explica que a teoria de erro médico surgiu quando riscaram no prontuário o número 180 referente aos batimentos cardíacos do bebê. Em seu lugar lê-se a palavra “inaudível”. Detalhe: a médica que assumiu o plantão mudou de ideia com relação ao parto normal e indicou uma cesaria às pressas. A cirurgia começou às 6h15min e um ponto de interrogação foi colocado no prontuário logo depois do horário que a criança nasceu, às 6h23min”, declarou Nilza à Polícia.

 

O hospital revelou que a causa da morte foi “anoxia intrauterina, ou seja, não havia oxigênio no útero para que a criança pudesse respirar. Mas Nilza não ficou satisfeita e usou as redes sociais para desabafar. “Então Sr. Prefeito Samuca Silva essa é sua equipe de médicos da maternidade do Hospital São João Batista. No último dia 23 de fevereiro minha filha deu entrada na maternidade, 40 semanas de gestação pronta pra receber em seus braços sua pequena  Jasmine que foi tanto desejada e sonhada, e por erros desses (médicos ) minha filha volta pra casa de braços vazios carregando em seu coração uma sombra e muita tristeza”, extravasou.

O caso gerou comoção e levou a prefeitura a convocar uma coletiva de imprensa para explicar o caso. Em cima da hora, a secretaria de Comunicação avisou aos jornalistas do evento, mas acabou priorizando os jornais diários marcando a entrevista para às 18 horas, quando o jornal já está com sua edição finalizada.

 

Ainda sentindo-se insatisfeita com as respostas dadas pelo Hospital São João Batista e pela própria prefeitura, Nilza publicou: “Sr Prefeito, até quando mães perderão seus filhos ??? Esse não é o primeiro nem será o último a acontecer caso nenhuma providência seja tomada. Eu, como mãe, avó, cidadã exijo, não peço, EXIJO que algo seja feito. Não feche os olhos a esse descaso”, postou.

 

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