Por Pollyanna Xavier
Anunciado com exclusividade pelo aQui na edição passada, o Sindicato dos Metalúrgicos está tentando um acordo com a CSN para gerir o Recreio do Trabalhador. A novidade, inclusive, consta da pauta de reivindicações dos sindicalistas. O que talvez nem eles saibam – e isso inclui o presidente Odair Mariano – é que há chances reais de a CSN considerar o pedido. A grande questão é que a empresa pode exigir garantias de que o órgão sindical vai realmente conseguir administrar o clube, mantendo em dia todas as suas despesas.
Ao aQui, uma fonte do meio metalúrgico disse que a ideia é interessante e pode ser discutida entre a direção da siderúrgica e os diretores do G5. Ela vai além. Diz que a proposta sobre o Recreio ainda não chegou a Benjamin Steinbruch e alerta que o Sindicato terá que fundamentar melhor o pedido para que ele seja apreciado. “A questão do Recreio ainda está apenas na área do RH. Mas os comentários na UPV são os mais positivos. A dúvida que fica é se o Sindicato vai saber gerir o negócio sozinho ou se vai precisar contratar um bom administrador”, pontuou.
As respostas começaram a ser dadas ontem, sexta, 28, quando o presidente do Sindicato voltou a falar do interesse em assumir a gestão da área de lazer. Em reunião com as gerências de Recursos Humanos, Negócios Imobiliários e Jurídica da CSN, Odair Mariano, acompanhado por vários diretores (ver foto), não deixou por menos. “A proposta representa uma oportunidade de avançarmos em melhorias para os trabalhadores e suas famílias.
Estamos comprometidos em garantir que o Recreio do Trabalhador seja um espaço de qualidade, que atenda às necessidades da nossa categoria e promova bem-estar”, afirmou. A iniciativa, segundo ele, reforça o compromisso do sindicato em buscar soluções que beneficiem todos os envolvidos. As discussões seguem em andamento, e novos desdobramentos são aguardados para os próximos dias. Aliás, Odair já havia sinalizado que pretende buscar parcerias com os governos municipal e estadual, além de entidades e empresas do setor de aço. A proximidade com a Prefeitura, fechando parcerias e acordos, como esse último envolvendo a educação no trânsito, pode ser um indicativo positivo para um passo ainda maior. Há quem garanta que a Prefeitura será parceira do Sindicato na empreitada. A conferir.
Acordo coletivo
Há uma semana, Sindicato e CSN sentaram para leitura e entendimento da pauta do ACT/2025. O aQui procurou o Sindicato para saber como foi a reunião, se a CSN suprimiu algum item ou sinalizou que não poderá atender a algum pedido específico, mas, até o fechamento desta edição, não houve resposta – nem da assessoria de imprensa, muito menos da Diretoria de Comunicação do órgão classista. A CSN também não deu detalhes da reunião. Em Minas Gerais, a CSN apresentou a proposta final para a renovação do acordo coletivo dos trabalhadores da mineração, oferecendo reajuste salarial, a partir de 1º de maio, de 5,85% para quem ganha até R$ 5 mil, incluindo super- visores e técnicos, e 4% para quem ganha acima de R$ 5 mil. Ofereceu ainda um reajuste de 5,85% no cartão- alimentação, que passaria dos atuais R$ 1.000,00 para R$ 1.090,26, com crédito extra de R$ 900, a ser pago cinco dias após a assinatura do acordo. A proposta prevê ainda a renovação do banco de horas nos mesmos moldes do acordo que já é praticado desde o ano passado e um abono salarial de 1,5 salário. Ao que tudo indica, a mesma proposta será oferecida aos trabalhadores da UPV e da CSN Porto Real.
Senge
O Sindicato dos Engenheiros realizou ontem, sexta, 28, a assembleia para aprovação da pauta de reivindicações do ACT 2025/2026. O documento deverá ser entregue ao RH da CSN nos próximos dias.