A apurar

Em apenas três dias, dois acidentes graves foram registrados na Usina Presidente Vargas. O primeiro foi na segunda, 27, e provocou a morte do maquinista José Mauro do Nascimento, 56. Ele operava uma composição que teria colidido com um caminhão da
empresa Harsco. O segundo acidente foi no final da tarde de quinta, 29, e vitimou um metalúrgico da CBSI. Ele não teve o nome revelado e foi socorrido no Hospital Santa Cecília. Até o fechamento desta reportagem, o quadro de saúde do funcionário era estável.
Nas redes sociais foram muitas as postagens sobre a morte de José Mauro.
A própria Comissão de Trabalhadores, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos, comentou que o local do acidente – uma área chamada GIL Central – teria pouca sinalização e muita sucata, o que poderia dificultar a visão durante as manobras. A composição conduzida por José Mauro teria colidido frontalmente com uma retroescavadeira, no momento em que o
maquinista saía de um galpão da Harsco.
Um condutor não teria visto o outro. Conhecido como Mineiro, José Mauro morava no Santo Agostinho, era casado, tinha uma filha e estava perto de se aposentar. Ele foi sepultado na terça, 28, no Portal da Saudade. Em nota, a CSN admitiu o acidente e disse que prestou
todo apoio à família. Comentou ainda que o funcionário chegou a ser levado para o
Hospital Santa Cecília, mas faleceu na unidade – informação contestada por metalúrgicos.
Quanto ao acidente com o funcionário da CBSI, o aQui apurou que ele prestava um serviço na CSN Cimentos, no interior da UPV, e teria sido atingido por uma empilhadeira, tendo
fraturado a clavícula. Nas duas situações, a CSN informou que iniciou a apuração imediatamente aos fatos, para descobrir as causas dos acidentes.