Aos leitores
De forma excepcional, fato inédito há mais de 25 anos, a coluna ‘Bate Bola’, página de esportes do aQui, escrita pelo jornalista Sérgio Luiz, não está circulando nesta edição. Semana que vem, a coluna volta, com certeza!

Escória (I)
Cerca de 30 alunos do Colégio Estadual Presidente Roosevelt realizaram na quinta, 4, a primeira visita oficial de estudantes ao Pátio de Escória (Agregado Siderúrgico) da CSN no Volta Grande. A atividade integra ações da empresa para aproximar a comunidade dos seus projetos de inovação e sustentabilidade desenvolvidos nas operações da Usina Presidente Vargas. Na visita, os estudantes conheceram o processo de beneficiamento da escória siderúrgica, material que se transforma em insumos para diversas aplicações. Entre as iniciativas apresentadas, está o mais recente avanço da empresa: a autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para uso do agregado siderúrgico da CSN como matéria-prima para fertilizantes e corretivo agrícola de solo em todo o Brasil.
Escória (II)
Além de conhecer o pátio, os alunos do Presidente Roosevelt puderam observar diversos usos já consolidados e em desenvolvimento para o agregado siderúrgico. Os técnicos apresentaram aplicações na pavimentação urbana e rodoviária, no lastro ferroviário, na construção civil e ainda os estudos da companhia para utilização do material na produção de cimentos, com foco em desempenho e redução de impactos ambientais.
Escória (III)
A visita marcou ainda o início de um projeto que pretende receber outras instituições de ensino nos próximos meses. Para a CSN, abrir as portas para estudantes é parte do compromisso em promover educação ambiental, transparência e conexão com a comunidade local. “Acreditamos que mostrar de perto como a indústria evolui e se reinventa é essencial para inspirar novas gerações”, afirmou Daira Rodrigues, gerente de Projetos Estratégicos da CSN.
Da série ‘perguntar não ofende’
Por que será que a Polícia Federal quer um terreno em Volta Redonda para construir uma nova delegacia se a União possui 4 imóveis – um prédio e três terrenos, entre outros, completamente desocupados, sem destinação definida?
Mais uma da mesma série
Por que será que a Polícia Militar quer um terreno em Volta Redonda para construir um Batalhão de Polícia Ambiental se o governo do Estado possui 137 imóveis na cidade do aço?
Sugestão
No caso da Polícia Federal, fica a sugestão: mudar a delegacia para o prédio abandonado dos Correios, na Vila. Tem espaço suficiente, estacionamento à vontade e é de fácil acesso. Vale lembrar que os Correios estão com um rombo da ordem de R$ 10 bilhões e não conseguem fazer uma obra nem de R$ 100 mil para recuperar o imóvel em Volta Redonda.
Terreno
A Federal e a PM deveriam fazer como o Sesc RJ, que vai construir uma sede em Volta Redonda em um terreno de 6,4 mil metros quadrados, na Avenida Beira-Rio, no Barreira Cravo, adquirido por cerca de R$ 5 milhões. O edital vai ser lançado em janeiro, com previsão de entrega em 2027, devendo gerar cerca de 150 empregos diretos e indiretos durante a obra, além de criar mais de 80 postos de trabalho permanentes após sua inauguração.

Confraternização
Vários servidores do Saae-VR estão revoltados por conta da realização de uma confraternização marcada para ontem, sexta, 5. É que, em um comunicado (ver foto) a autarquia anunciou que os funcionários que fossem à festa teriam o ponto liberado ao meio-dia. Os que não fossem deveriam continuar no trampo. “A equipe organizadora (da festa) vai encaminhar a lista dos presentes para que o abono seja registrado corretamente”, anunciaram.
Orçamento
A Câmara de Volta Redonda aprovou na terça, 2, a Lei Orçamentária Anual do Palácio 17 de Julho para 2026. Como o aQui revelou, Neto espera ter um orçamento recorde de R$ 2.140.000.000,00. O Fundo Municipal de Saúde – que gere os recursos da SMS – terá a maior fatia do orçamento, da ordem de R$ 500 milhões.
Homenagem
A advogada Ana Tereza Basílio, presidente da OAB do Rio de Janeiro, vai receber uma Moção de Congratulação e Aplausos da Câmara de Volta Redonda. A homenagem é do presidente da Casa, Edson Quinto (PL).
Veto
O prefeito Neto vetou o Projeto de Lei 098/2025, do vereador Simar, que autorizava a prefeitura a implementar um centro de fisioterapia no Santo Agostinho. Diz que a lei é inconstitucional.
Curioso
Na segunda, 1º, Neto e Munir, além de vários assessores, estiveram na secretaria estadual de Fazenda atrás de recursos e na secretaria de Cidades, atrás de asfalto. Em entrevista ao Fato Popular na terça, 2, o prefeito fez questão de falar dos encontros e nomear todos os participantes. Curiosidade: esqueceu de citar o nome do ex-deputado federal Deley de Oliveira, que esteve em todas as reuniões. Por que será?
Bonecos
Não é nada, não é nada, mas pode ser alguma coisa. No ano passado, a Prefeitura de Volta Redonda instalou quatro bonecos do Papai Noel pela cidade. Este ano, mandou instalar 15.
Plano
O deputado Jari Oliveira (PSB) fez uma indicação ao Governo do Estado pedindo a implantação de um novo Plano de Cargos e Vencimentos para os servidores do Detran. “São esses trabalhadores que estão na linha de frente diariamente atendendo a população. E o servidor público merece ser valorizado”, completou. Deveria aproveitar e exigir que o órgão cumpra a lei de destinar um percentual do seu faturamento para anunciar nos jornais do interior do Estado. Hoje, só quer saber, como sempre, de anunciar nos grandes jornais e na TV.

Prisão
A prisão preventiva do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (UB), na quarta, 3, pegou todos os parlamentares de surpresa. A Assembleia funcionava normalmente, como um dia qualquer, até a notícia da prisão. Bacellar é acusado de supostamente vazar informações sigilosas ao ex-deputado TH Joias, suspeito de ligações com o Comando Vermelho.
Soltura
Detalhe é que Bacellar só permanecerá preso caso os seus colegas de parlamento permitam. É que a Constituição Estadual determina que são os deputados que decidem sobre a manutenção da prisão ou não. Bacellar precisa de 36 dos 69 votos para ser libertado. A votação deverá acontecer na segunda, 8, em sessão extraordinária.
Presidente
Mesmo que seja solto, o retorno de Bacellar à presidência da Alerj dependerá do STF, em especial do ministro Alexandre de Moraes. Se o poderoso ministro do Supremo não autorizar, a Assembleia deverá ser presidida por Guilherme Delaroli (PL), atual vice-presidente.
Licença
Em tratamento de saúde, o vereador Paulo Conrado está oficialmente de licença médica de suas funções na Câmara de Volta Redonda. Melhoras!
Rodoviária (I)
É tão grande o estado de abandono da Rodoviária de Volta Redonda que nenhuma empresa quis participar da licitação para assumir a administração do local. Marcada para a manhã de quinta, 4, a concorrência terminou deserta, sem a presença de uma única empresa. “Ninguém quer”, resumiu uma fonte do aQui. Inaugurada em 1972, em um espaço de 4 mil metros quadrados e localizada em área central, a rodoviária parece destinada a viver largada.
Rodoviária (II)
Hoje, quem circula pela Rodoviária Municipal percebe de imediato a sujeira, a insegurança e a falta de infraestrutura. Não há nem lanchonete para quem passa horas aguardando um ônibus para viajar ou a chegada de um parente vindo de longe. Incapaz de gerir o espaço, a Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (STMU), comandada por Paulo Barenco, decidiu terceirizar a gestão e previa que a empresa vencedora assumisse a segurança patrimonial, a higiene, a limpeza, a conservação e a manutenção de todas as áreas internas e externas do terminal.
Rodoviária (III)
Venceria a licitação a empresa que oferecesse o maior valor mensal à prefeitura, com lance mínimo equivalente a 20% do próprio faturamento – cerca de R$ 17 mil. Em troca, poderia explorar diversas fontes de receita: tarifa de embarque, taxa de utilização de plataformas, aluguel de espaços, cobrança de banheiros (até R$ 3), estacionamento e taxas condominiais. A concessão seria de dez anos.
Rodoviária (IV)
O ‘xis’ da questão é que, como o aQui revelou com exclusividade na edição 1.483, se fosse bem administrada, a rodoviária nem precisaria ser terceirizada. O motivo é simples: ela dá certo lucro. Hoje, mesmo caindo aos pedaços, o terminal gera uma receita superior às despesas, produzindo um superávit anual de cerca de R$ 300 mil. Mesmo assim, ninguém apareceu.

