Dados oficiais (II)

Barra Mansa registra queda nos índices de criminalidade, mas número de mortes aumentou

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Ainda impactada pela ‘guerra no Rio’, que registrou mais de 120 mortes na capital, a população de Barra Mansa também vive assustada com a onda de insegurança que toma conta da cidade. Assim como no Rio, as brigas das facções criminosas pelos pontos de venda de drogas e os confrontos com a polícia, vira e mexe, ganham as páginas dos jornais e dão trabalho aos coveiros do cemitério municipal.
Em janeiro, por exemplo, um ataque a tiros no Centro, em plena Avenida Joaquim Leite, deixou três mortos e um ferido. Guardadas as proporções, pode-se dizer que o caso de Barra Mansa é tão ruim quanto o que foi registrado na fatídica tarde de terça, 28, no Rio de Janeiro. Tem mais. No início do ano, entre as vítimas estava um inocente. Depois, já em agosto, o policial militar Felipe dos Santos Amaral, 32, morreu em confronto com traficantes ligados ao Comando Vermelho em Barra Mansa.
Esses são apenas alguns casos ocorridos. De janeiro a setembro deste ano, segundo dados do Instituto de Segurança Pública, Barra Mansa já contabiliza 51 mortes violentas, sete a mais do que no mesmo período de 2024, quando 44 pessoas morreram. Detalhe: os dados de 2025, pelo que o aQui apurou, mostram que – no geral – houve queda no número de crimes na cidade, apesar do registro de mais mortes.
Os indicadores que apresentaram queda foram, por exemplo, as tentativas de homicídio, que despencaram de 60 para 43 casos, e os furtos de celulares, que caíram de 48 para 40. Os roubos em geral também diminuíram, passando de 51 para 44 ocorrências.
Crimes como estupro e extorsão também recuaram levemente – de 28 para 27 e de 12 para 8 casos, respectivamente. Por outro lado, alguns delitos voltaram a aparecer nas estatísticas: houve duas ocorrências de roubo a estabelecimentos comerciais, que não tinham sido registradas no ano passado, além do aumento nos furtos de veículos (de 37 para 45) e de bicicletas (de 4 para 6).