Vita
Na edição 1093, no artigo “Caso Travado” o articulista escreve que o Corpo Clínico do Hospital Vita torce para que o prefeito Samuca entre no caso como mediador. Como representante dos médicos na reunião com a CSN em São Paulo, esclareço que não solicitamos tal ação do executivo municipal. Entendemos que o caso era administrativo/empresarial e agora, judicial. Confiamos no bom senso da CSN, da justiça e aguardamos com o Hospital funcionando a toda força Conhecemos nosso valor para a sociedade voltarredondense. Não gostaríamos de ver o caso Vita/CSN transformado em fato político. Não somos médicos, queremos apenas fazer o que sabemos melhor, trabalhar. Oferecemo-nos para solicitar à CSN uma transição sem paralisação das atividades do Hospital e ajudar no que estiver a nosso alcance. Muito obrigado. Se possível publiquem esta nota.
Eduardo Sampaio Diniz
Nota do editor: O ilustre médico está equivocado. O jornalista não escreveu que o ‘Corpo Clínico’ solicitou uma ação do prefeito Samuca Silva. Escreveu – e ele está certo – que médicos do ‘Corpo Clínico’ estariam torcendo para que isso acontecesse. E isso seria muito bom, afinal Samuca representa a população de Volta Redonda e deve cuidar dela acima de qualquer jogo de interesse, de quem quer que seja.
A verdade é que o Vita São Paulo deve uma fortuna – superior a R$ 20 milhões – aos cofres públicos municipais. Como prefeito, Samuca não pode aceitar – e nem concordar passivamente, como muitos podem estar fazendo – que o hospital venha a fechar. Que cerca de 500 pessoas, entre elas alguns médicos, sejam demitidos. Ou deixar o hospital paralisar suas atividades, mesmo que temporariamente.
Ele também está errado em afirmar que não gostaria que o caso Vita/CSN fosse transformado em ato político. Ele é um fato político desde que começou, e olha que vem se arrastando há anos. Todos os que dele participam sabiam aonde iria parar. E deixaram – concordando ou não – que isso acontecesse. Só não é um fato político partidário, embora alguns de branco (sem qualquer conotação pejorativa, é claro) tenham até tentado misturar alhos com bugalhos ao convocar a classe a ir para as ruas em favor de um determinado candidato a presidente.
O caso Vita/CSN é o que interessa e, assim como Samuca Silva tem a obrigação de fazer, o aQui estará tomando as dores da população em ter direito a um atendimento de primeira qualidade, como o Vita oferecia. Que continue assim, sem demagogia, sem divisões, sem egos machucados.
Para encerrar, gostaríamos de revelar aos leitores que o ilustre médico teve sua chance de dar uma entrevista bem esclarecedora ao aQui ao ser procurado – via telefone e via e-mail – no dia 22 de março, quando textualmente disse que não poderia atender à reportagem. Vejam seus argumentos: “Quanto às suas indagações, infelizmente, após as ler com atenção, vi que não tenho condições de respondê-las, pois minhas funções são restritas ao CTI. Fui escolhido como membro de uma comissão de médicos que representam o Corpo Clínico em atos não administrativos. Os dados que por você são solicitados são de posse exclusiva dos administradores do Hospital Vita, fugindo à minha competência”, alegou.
INB/VITA
Li, na edição de quinta-feira (12/04), matéria intitulada “Sob Pressão”, na qual a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) é citada de maneira equivocada. A versão correta do fato que levou a INB suspender o credenciamento com o Hospital Vita, de Volta Redonda, não é a que foi publicada.
Portanto, com o objetivo de esclarecer ao jornal, seus leitores e, principalmente, os trabalhadores da INB que vivem em Volta Redonda e se utilizam dos serviços prestados pelo referido hospital, informamos que: ao tomar conhecimento da desocupação do imóvel no qual o Hospital Vita está localizado, o Plano Médico Odontológico (PMO) da INB, zeloso com o bem-estar dos seus beneficiários, aplicou a suspensão temporária do credenciamento com o Hospital Vita, até que novos fatos sobre o caso fossem revelados. Uma medida administrativa responsável, que visa apenas proteger os beneficiários do PMO.
Portanto, é falsa a afirmação de que houve pressão ou qualquer tipo de interferência que nos tenham levado a tomar tal medida. Afinal, há mais de uma década a INB mantém com o Hospital Vita uma parceria harmoniosa, conforme comprova o e-mail, em anexo, que nos foi enviado pelo diretor clínico do Hospital Vita, Dr. Rônel Mascarenhas e Silva.
Prezado editor Luiz Vieira, espero que V.S.a faça chegar aos leitores desse prestigioso jornal AQUI, os fundamentos técnicos da decisão tomada pela INB.
Daniel Werderits Britz – Supervisor do Plano Médico Assistencial e Odontológico -Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal – CODEP.F – Indústrias Nucleares do Brasil S.A. – INB
Nota do Editor: O ilustre supervisor da INB não deve saber que o aQui circula apenas aos sábados e, principalmente, não deve saber que nós não publicamos falsas afirmações como quer fazer crer. Aliás, é ele quem erra – e feio – ao dizer que a ‘suspensão temporária do credenciamento com o Hospital Vita teria sido tomada ao saber (eles, é claro) que o imóvel do Hospital Vita teria sido desocupado. Não foi. É mentira, está lá até hoje aberto e funcionando normalmente.
A postura do ilustre supervisor também se mostra dúbia. Primeiro, por confirmar que a INB realmente suspendeu o ‘credenciamento com o Hospital Vita, de Volta Redonda”. Para logo depois dizer que a INB, zelosa com o bem-estar dos seus beneficiários, teria “aplicado a suspensão temporária do credenciamento com o Hospital Vita, até que novos fatos sobre o caso fossem revelados”. Uma medida, que ele garante ter sido administrativa e responsável, que visa apenas proteger os beneficiários do PMO (Plano Médico Odontológico).
Por fim, a tal relação harmoniosa que ele garante que a INB mantém há mais de uma década com o Vita não é tão harmonia assim. Prova é que documentos a que o aQui teve acesso comprovam que, de forma apressada, a INB cancelou o credenciamento do hospital e encaminhou aos seus colaboradores os endereços e telefones dos hospitais que deveriam procurar atendimento. Isso sem ter comunicado ao parceiro (Vita) que a parceria tinha acabado. Se ela foi retomada, por pressões ou não, não vem ao caso.
TJ indefere pedido do Vita
Os desembargadores da 8ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça do Rio indeferiram o pedido do grupo Vita de São Paulo de cancelar a desmobilização (despejo) do Hospital Vita Volta Redonda. A decisão, tomada na terça, 17, foi do relator Augusto Alves Moreira Júnior, durante julgamento ao agravo de instrumento interposto pelo Vita, contra a decisão proferida pela 4ª Vara Cível.
Em seu parecer, o relator citou a decisão do juiz de 1ª instância e disse que ela está muito bem fundamentada – o que afasta qualquer brecha para contestação. “Os elementos trazidos pela recorrente não são suficientes para suspender os efeitos da decisão adequadamente fundamentada. Ante o exposto, indefiro a antecipação de tutela recursal”, escreveu.
Preocupação
O imbróglio envolvendo o Grupo Vita e a CSN está causando preocupação em quase todos do Corpo Clinico do Hospital Vita, porque pode comprometer, seriamente, o atendimento médico na unidade. Pra se ter uma ideia, hoje são realizados no Vita 400 consultas diárias no Centro Médico e outros 300 atendimentos emergenciais/dia. Por ano, o hospital atende uma média de mil procedimentos via SUS, como cirurgias e exames de alta complexidade. Vale lembrar que os atendimentos do SUS contemplam não apenas Volta Redonda, como também toda a região Sul Fluminense.