quinta-feira, janeiro 23, 2025

Quem avisa…

Como em um campeonato de futebol, quando um time está mal das pernas, o que os donos do time fazem? Demitem o técnico. Certo ou errado, é isso que acontece no Carioca, no Brasileirão, na Copa do Mundo. E a estratégia passou a ser adotada também na política. Principalmente em tempos de ‘vacas magras’. É o que deve ter motivado o prefeito Rodrigo Drable a contratar um novo secretário de Fazenda, o economista Leonardo Ramos de Oliveira, formado pela Estácio de Sá, com pós-graduação no UniFOA.

 

Consultor financeiro, 46 anos, Leonardo atuou em multinacionais como o grupo Libra (serviços portuários e logísticos) e na CSN. É natural de Mendes e vive em Barra Mansa há 15 anos. Ele assumiu a pasta de Everton Rezende, que como é funcionário de carreira não pode ser dispensado do time. Ganhou, segundo uma fonte, como premio de consolação o título de subsecretário do Tesouro. Caberá ao sub-técnico administrar fundos (verbas, é claro) que nunca foram operacionalizados pelo governo Rodrigo Drable, como o Fundo Municipal de Transportes, do Meio Ambiente, do Idoso e do Procon. Só o fundo ambiental, por exemplo, tem cerca de dois milhões em caixa, dinheiro que será usado a partir de agora por Everton & Cia. O órgão também irá monitorar em tempo real os recursos direcionados à Saúde e à Educação, como o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

 

Na posse de Leonardo, que pegou meio mundo de surpresa, Rodrigo anunciou também a ‘sub-secretaria da Receita’, que terá à frente Leonardo Salazar. Só não revelou quais são os poderes da nova pasta e quanto isso custará aos cofres municipais.

‘13º em risco’

As medidas, segundo Rodrigo Drable, têm como meta aumentar a receita do município. “Já fizemos vários cortes nas despesas, no entanto a situação é crítica, no último nível. O pagamento de precatórios deixados por governos anteriores tem comprometido a receita da prefeitura e ameaça, inclusive, a pontualidade da folha de pagamento e do 13º salário. Por isso, necessitamos de ações que possibilitem o aumento da arrecadação e evitem a renúncia de receitas”, crê o prefeito de Barra Mansa.

 

Não satisfeito, Rodrigo enumerou as medidas de austeridade implementadas pelo seu governo. “Investimos na unificação da Susesp, concentrando em uma só localidade os serviços prestados pelo órgão, que está instalado em imóvel próprio na Boa Sorte. A economia gerada com aluguel, energia elétrica, água, telefonia e IPTU chegou a R$ 500 mil por ano. No Saae, inauguramos oficialmente a nova sede administrativa da autarquia, com redução de custo também de aproximadamente R$500 mil/ano. Levamos a Previbam, que estava instalada em um imóvel alugado no Centro, para a antiga sede do Saae. Mais uma economia projetada da ordem de R$ 200 mil/ano. Além da contenção de despesas, há outros ganhos, como a integração e otimização dos serviços e a comunicação direta”, ressaltou.

 

Rodrigo afirmou ainda que os problemas do seu governo dizem respeito a todos os servidores. “Precisamos encarar o problema de frente. Tanto o problema como a solução são nossos. Eu estou prefeito, mas vocês, funcionários de carreira, vão permanecer em suas funções. Portanto, é preciso contagiar o colega ao lado, envolvê-lo na situação. Eu quero ouvir a opinião dos setores sobre como minimizar os impactos causados pela crise. Não sou independente, ao contrário, dependo dos servidores, dos cidadãos e dos vereadores para avançar nas políticas que possam aumentar a arrecadação de Barra Mansa para que a gente feche o ano no azul. Sou muito grato à Câmara de Vereadores, que entendeu a necessidade do município e aprovou na semana passada, por ampla maioria, o projeto de Lei do Executivo solicitando autorização para o programa de refinanciamento de dívidas. A realidade exige o Refis em cota única, com vencimento até o dia 21 de dezembro próximo”, pontuou.

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