quinta-feira, março 28, 2024
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Saúde pública: Estado do Rio confirma primeiro caso da varíola do macaco; casos de Covid voltam a subir

Pollyanna Xavier

A vigilância epidemiológica do Estado do Rio está em alerta total desde que foi confirmado um caso de Monkeypox (varíola do macaco) em território fluminense. O paciente é um homem de 38 anos, que mora no Rio e que chegou de Londres no dia 11 de junho, com sintomas da doença. A confirmação saiu na terça, 14: positivo para varíola. Desde então, o paciente vem sendo monitorado e mantido em isolamento para evitar o contágio de outras pessoas. Além deste registro, a secretaria estadual de Saúde aguarda o resultado dos exames de um segundo homem, sintomático, que trabalha embarcado em Macaé e que teve contato com estrangeiros.
Na quarta, 15, a SES e a Universidade Federal do Rio emitiram nota à imprensa confirmando o caso do paciente com Monkeypox. Na publicação, disseram que ele passa bem e apresenta um bom quadro clínico de saúde. Não foi informado se ele estaria internado, afirmaram apenas que seguem monitorando o paciente e seus contactantes. Sobre o caso suspeito de Macaé, não há informações sobre o resultado dos exames. A situação continua sendo considerada um caso suspeito da nova doença.
A Monkeypox, uma doença viral, altamente contagiosa, não é transmitida pelos macacos. Recebeu esse nome porque foi observada pela primeira vez nos primatas, mas sua origem é atribuída a roedores que vivem em regiões silvestres da Ásia. Os macacos são tão vítimas quanto os humanos. A transmissão ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos contaminados recentemente. A Monkeypox causa erupções no rosto, que se espalham rapidamente para outras partes do corpo, incluindo área genital. O infectado só deixa de transmitir a doença quando as erupções na pele secam completamente. Este período pode levar de 6 a 21 dias, tempo que o paciente deve permanecer em isolamento.
Em comunicado interno – da SES para as secretarias Municipais de Saúde fluminense –, a Superintendência Estadual de Vigilância Sanitária informou que uma vacina vem sendo desenvolvida, mas apenas para pessoas imunossuprimidas. O imunizante está em fase de testes.
Aumento da Covid
Além da confirmação da Monkeypox, a SES fez um novo alerta para o aumento do número de casos da Covid em todo o estado. Segundo o último boletim epidemiológico, subiu para 68% a regulação de pacientes com Covid. Isto significa um aumento na procura por leitos hospitalares para internação de pacientes graves. Ainda de acordo com a SES, a maioria das internações é de crianças fora da idade vacinal e de idosos com doenças associadas. As infecções, porém, atingem todas as idades, com quadros clínicos semelhantes ao da gripe. A testagem é importante nesta fase, para manter o paciente isolado a fim de evitar novos contágios.
Em todo o estado, os municípios seguem tomando medidas preventivas para resguardar suas populações. Em Volta Redonda, onde o prefeito Neto chegou a avaliar a volta da obrigatoriedade do uso de máscaras, o que ainda não aconteceu, a direção do Hospital São João Batista suspendeu na quinta, 16, as visitas aos pacientes de enfermaria, justamente para diminuir a circulação de pessoas dentro do hospital. Só estão sendo permitidos os acessos de acompanhantes de pacientes menores de 18 anos e acima de 60 (garantidos por lei). A medida é temporária e, além de diminuir o fluxo de pessoas na unidade, visa garantir a continuidade das cirurgias eletivas.
Segundo a última atualização da Transparência Cartorária para Volta Redonda, três óbitos pela Covid foram registrados na cidade do aço só na primeira quinzena de junho. O número é baixo, em comparação ao mesmo período do ano passado, mas é suficiente para manter aceso o alerta de que a doença ainda é perigosa e continua levando pacientes à morte. Tem mais. Relatos de pessoas ligadas aos hospitais da rede pública e privada de Volta Redonda dão conta que as unidades estão abarrotadas de casos suspeitos da Covid-19.

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