quinta-feira, março 28, 2024
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Segunda data comemorativa mais importante para o varejo nacional tanto em volume de vendas como em faturamento, o Dia das Mães de 2017 deve fazer com que sete em cada dez (73%) brasileiros realizem pelo menos uma compra a partir de segunda, 8. Os dados são de uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Embora o percentual de consumidores que devem ir às compras seja elevado, a maior parte está receosa em aumentar os gastos na comparação com o ano passado. Querem evitar dívidas. Apenas 10% desses consumidores, por exemplo, disseram que têm a intenção de gastar mais com os presentes para as mães. A maior parte (38%) planeja até gastar a mesma quantia que em 2016, enquanto 27% pensam em diminuir. Os consumidores que não vão comprar presentes representam 25% da amostra e os indecisos são 2%.

 

Segundo estimativas do SPC Brasil e da CNDL, cerca de 109 milhões de brasileiros devem comprar presentes para o Dia das Mães, a ser comemorado no segundo domingo do mês – 14 de maio -, o que deve injetar quase 14 bilhões de reais nos setores do comércio e serviços.

 

“Há alguns sinais ainda incipientes de que o varejo deve iniciar uma trajetória lenta de recuperação a partir deste semestre. O Dia das Mães, como a data mais importante atrás do Natal, servirá de termômetro para confirmar ou não essa expectativa. De modo geral, a pesquisa demonstra que o brasileiro está cauteloso, mas ainda disposto a não deixar a data passar em branco”, afirma o presidente da CNDL, Ho-nório Pinheiro.

 

A necessidade de economizar é a razão mais mencionada por aqueles que pretendem gastar menos no Dia das Mães, citado por 46% dos entrevistados. Outras justificativas são dificuldades financeiras (29%), o cenário econômico instável e aumento da inflação (23%) e o endividamento (14%). Dentre a minoria, que pretende aumentar os gastos com presentes, o desejo de comprar um produto melhor (43%) e o encarecimento dos presentes (40%) são os mais mencionados. Apenas 20% disseram que vão gastar mais porque tiveram melhoria na renda.

 

A pesquisa sinaliza que muitos dos consumidores que pretendem comprar presentes já extrapolaram o limite de endividamento. Três em cada dez (28%) entrevistados declararam ter atualmente alguma conta em atraso, percentual que sobe para 32% entre as pessoas da classe C. Outra constatação que demonstra um comportamento imprudente é que 12% dos consumidores admitiram ter o hábito de gastar mais do que podem para presentear as mães e 3% chegaram a ficar com o nome sujo por causa das compras realizadas na mesma data do ano passado.

 

“O consumidor precisa fazer com que o presente caiba no orçamento. Antes de sair para as compras é essencial que ele analise suas contas e seus gastos básicos e defina com clareza o quanto pode gastar. Para evitar que uma data comemorativa leve o consumidor ao descontrole das finanças e acabe virando motivo de tristeza, ele precisa ser um consumidor planejado. A pesquisa de preços é uma grande aliada nesses momentos e será realizada por 75% dos compradores neste ano, pelo que apontou o nosso estudo”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Mais caros

O pagamento à vista será o meio mais utilizado pelos consumidores durante a semana que antecede o Dia das Mães, citado por 65% da amostra, sendo que em 58% dos casos o pagamento será em dinheiro e em 6% no cartão de débito. O cartão de crédito será usado por 23% dos entrevistados, seja em parcela única (7%), em várias parcelas (14%) ou no cartão de loja (2%). Entre os que dividirão as compras, a média é de quatro prestações por entrevistado.

 

Considerando a soma de todos os presentes adquiridos, o gasto médio do brasileiro no Dia das Mães deve girar em torno de R$ 127, sendo que entre os indivíduos da classe C esse valor cai para R$ 112. Mais da metade (52%), contudo, não sabe o quanto irá gastar com os presentes, o que evidencia o comportamento cauteloso do consumidor.

 

A maioria (52%) dos consumidores ouvidos pela pesquisa acredita que os produtos estão mais caros do que em 2016, sendo a crise econômica (65%) o principal motivo mencionado. Há ainda 30% de entrevistados que creditam o aumento dos preços ao fato de ser uma data comemorativa. Apenas 5% estão com a percepção de preços mais baixos neste ano.

De acordo com o levantamento, a maioria (63%) dos consumidores deve comprar apenas um único presente, principalmente os consumidores da classe C (66%). Os que vão comprar dois presentes para agradar as mães representam 23% da amostra e somente 5% vão comprar três presentes ou mais.

 

Compras de última hora

Neste ano, os produtos mais procurados serão as roupas (26%), perfumes (20%), calçados (11%), cosméticos (8%) e flores ou chocolates (7%). Produtos com ticket médio mais elevado, como eletrodomésticos e smartphones, tiveram apenas 5% e 3%, respectivamente, das preferências. Quanto aos locais de compras, os shopping centers são os destaques, com preferência de mais de um quarto (25%) dos entrevistados. As lojas de rua (20%), lojas de departamento (7%), shopping populares (7%) e revendedores de cosméticos (4%) completam a lista. Somente 3% vão usar a internet para comprar o presente das mães e 24% ainda não se decidiram sobre onde realizar as compras. Para escolher o local, os fatores mais decisivos são o preço (61%), a qualidade dos produtos ofertados (38%) e as promoções e descontos (32%).

 

O velho hábito de deixar tudo para a última hora também estará presente no Dia das Mães deste ano: 17% dos compradores acham que vão realizar as compras no dia anterior ou até no próprio domingo, 14, Dia das Mães. A celebração será principalmente em casa (40%) ou na casa das respectivas mães (32%), mas 8% pretendem festejar o dia almoçando em restaurantes.

 

Metodologia

A pesquisa foi realizada pelo SPC Brasil e pela CNDL no âmbito do ‘Programa Nacional de Desenvolvimento do Varejo’ em parceria com o Sebrae. Foram ouvidos, pessoalmente, 849 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país. Para avaliar o perfil de compra, foram considerados 600 casos da amostra inicial que têm a intenção de comprar presentes. A margem de erro dessa amostra é de no máximo 4,0 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.

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