terça-feira, novembro 12, 2024
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Prefeitura e Estado se enrolam nas obras das calçadas em VR

Obra do governo do estado

Desde que o governador Cláudio Castro, acompanhado por dezenas de auxiliares, esteve em Volta Redonda, pouca coisa mudou em termos dos direitos de ir e vir da população. Em dezenas de bairros, a situação é a mesma. Obras inacabadas, abandonadas e a impressão que se tem é a pior possível. “Tem obra do governo Neto e tem obra do governo Castro, tudo na mesma situação. E ninguém sabe dizer qual é de quem”, avaliou um dos vereadores ligado ao Palácio 17 de Julho e que, por isso, pediu que seu nome não fosse publicado. Ele lembrou que a empreiteira contratada pelo governo do Estado para executar a reforma – troca de piso – das calçadas de centenas ruas de bairros de Volta Redonda, como as do Aterrado, Laranjal e Vila, está trabalhando a passos de tartaruga. “As obras de adequação das calçadas foram iniciadas dentro do Projeto de Mobilidade Urbana em meados de 2022, e ainda não estão totalmente concluídas”, destaca, lembrando que o valor do investimento foi, ou deveria ser, milionário. “Coisa de R$ 140 milhões. O dinheiro, é claro, não seria só para as calçadas, mas elas estão incluídas”, detalha. Aliás, quando esteve em Volta Redonda, Cláudio Castro chegou a jurar que não existia obra do governo do Estado parada na cidade do aço. Há controvérsias, é claro. Basta passar pelos bairros onde as calçadas estão “sendo reformadas” para ver que muitas estão abandonadas.

Obra do governo do estado 

“Calçada abandonada não é obra parada”, rebate uma fonte do Palácio 17 de Julho.
Indagada sobre quem teria feito o projeto das calçadas e a quem cabe a fiscalização das obras, a fonte adiantou que o projeto “foi feito pela prefeitura de Volta Redonda”, a pedido do governo do Estado. E, vejam só, a fiscalização foi entregue à Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana, comandada por Paulo Barenco, o mesmo que cuida (será?) das linhas de ônibus municipais. Cabe a Barenco, por exemplo, definir – e concordar – as exceções, como, por exemplo, não trocar o piso em frente a determinadas casas particulares, igrejas, bares, padarias etc. Ou em determinadas ruas e avenidas. “Há sempre a busca pelo bom senso nas decisões, mas o objetivo é garantir mobilidade a todas as pessoas que precisem usar as calçadas”, contrapõe a fonte.

Obra da prefeitura de VR

Indagada se é possível para o cidadão comum conseguir que o piso de sua calçada não seja trocado e onde o pedido deve ser feito, a fonte do Palácio 17 de Julho saiu pela tangente. “O órgão responsável pela fiscalização é a Secretaria de Mobilidade de Transporte e Mobilidade Urbano (SMTU)”, dispara, garantindo que os trechos onde o piso já começou a quebrar – ou se soltar – serão fiscalizados. Mas quem será responsável por esta manutenção?, indaga o repórter do aQui. “A Prefeitura de Volta Redonda é responsável pela manutenção”, dispara. Quanto ao fato de a empreiteira contratada pelo governo Castro ter feito o serviço em apenas um dos lados das calçadas em diversas ruas, ela dá uma pista do que pode estar acontecendo. “O projeto vem sendo tocado de acordo com a liberação de recursos por parte do Estado”, respondeu. Entenderam?

CINZA – Acerca da escolha do piso adotado pelo governo do Estado para padronizar as calçadas de Volta Redonda e ainda a respeito das reclamações de quem mora nos bairros ‘beneficiados’ de que a cidade está ficando com uma aparência horrível, cinzenta, sempre com aspecto de suja, a fonte escorrega. “A prefeitura de Volta Redonda considera as obras necessárias e garante que elas vão melhorar a qualidade de vida da cidade do aço”, aposta, aproveitando para frisar que a obra da 33, que foi retomada – também em marcha lenta –não tem nada a ver com o projeto das calçadas do governo do Estado. Ainda bem, né?

RUA 33 – Entregue às pressas para não prejudicar ainda mais a vida dos lojistas às vésperas do Natal, e com a colocação de asfalto provisório, as obras da Rua 33, surpreendentemente, foram retomadas logonodia8de janeiro. Vários trechos, inclusive, estão sendo interditados e liberados a seguir. As calçadas dos dois lados da via também estão sendo “arrumadas”, com a colocação e troca de blocos que já quebraram. Ou faltavam. O segundo passo será a retirada da fiação ao longo da 33, motivo principal de tanta dor de cabeça ao governo Neto.

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