Por Roberto Marinho
A corrida pelos votos dos mais de um milhão de eleitores do Sul Fluminense já está a todo vapor. Não é para menos. Eles só terão mais 46 dias, a contar de hoje e até o dia 7 de outubro, para convencer os eleitores que eles não fazem parte da banda suja da política brasileira. E que merecem representar Volta Redonda e Barra Mansa, e todas as cidades vizinhas nos próximos quatro anos. E o que não vai faltar são opções: no total, a região tem pelo menos 25 candidatos a deputado estadual e federal. O número pode até ser reduzido caso a Justiça Eleitoral casse a candidatura de um ou outro, o que pode acontecer até o dia 17 de setembro.
Para esse ano, teremos de tudo. De estreante nas urnas a veteranos que já cumpriram mandato na Câmara Federal e hoje sonham em assumir uma cadeira na Alerj. E quem já foi estadual e sonha com voos mais altos com destino a Brasília. Dos 25 catalogados pelo aQui, não há nenhum preso cumprindo pena, como Lula; destemperado como Ciro Gomes; radical como Bolsonaro; ou maluco como Cabo Daciolo. As propostas são as mais diversas possíveis e muitos têm um inimigo comum: a poderosa CSN, que vários políticos teimam em atacar por entender que isso dá voto. Neste mar de candidaturas, resta ao eleitor se informar bem sobre o candidato de seu interesse, e principalmente, conhecer as propostas que ele tem para a região, para a cidade onde mora. No caso de forasteiros, o que já fizeram pelo Sul Fluminense.
Conheça um pouco mais sobre os candidatos que disputam os votos do Sul Fluminense.
Deputado estadual
Márcia Cury (Solidariedade) – Ex-diretora do Hospital Municipal Munir Rafful na última gestão do ex-prefeito Neto, Márcia chegou a assumir a secretaria de Saúde no governo Samuca Silva. É uma das grandes incógnitas de 2018.
Paulo Baltazar (PDT) – Ex-vereador, ex-prefeito, ex-deputado federal por dois mandatos, Baltazar é um dos mais experientes nas urnas. A última eleição que disputou foi para prefeito, em 2016, quando chegou ao segundo turno contra Samuca. Perdeu, mas ganhou sobrevida por ter sido inocentado no caso conhecido como a Máfia das Ambulâncias.
Munir Francisco (PTB) – Embora dispute sua primeira eleição, o ex-secretário de Ação Comunitária de Volta Redonda não é marinheiro de primeira viagem, pois sempre esteve à frente das campanhas eleitorais do irmão – hoje transformado em seu maior cabo eleitoral –, o ex-deputado estadual e ex-prefeito Antônio Francisco Neto. Conta ainda com a experiência e a malandragem (no bom sentido) acumulada pelos anos que dirigiu a poderosa Smac, que atende a milhares de voltarredondenses da terceira idade.
Rogério Loureiro (Podemos) – Empresário de sucesso, Loureiro já foi vice na chapa de Zoinho, que disputou a prefeitura em 2012. Tentou ser eleito deputado estadual em 2014 (ficou como suplente) e só não assumiu uma cadeira na Alerj por ter sido boicotado por Comte Bittencourt (PPS) que, eleito vice-prefeito de Niterói, não renunciou ao Parlamento.
Rogério comandou o Voltaço por anos e conseguiu grandes resultados como o título de vice-campeão carioca em 2005.
Jari (PSB) – Herdeiro político do ex-vice-prefeito e ex-vereador Carlos Roberto Paiva, de quem foi assessor parlamentar, Jari é vereador em segundo mandato. Foi o mais votado nas eleições de 2016, superando os 4 mil votos. Foi um dos primeiros a deixar o PT, quando viu que a legenda estava afundando. Conta com o apoio de setores da Igreja Católica.
Professor João Rodrigo (PC do B) – Embora estreante nas urnas, Rodrigo – que é professor de História em Porto Real – é filiado há 15 anos ao PCdoB, membro da atual direção estadual e presidente do diretório municipal. É filho do jornalista Mauro Veríssimo, assessor da AAP-VR.
Gemilson Sukinho (PSD) – Ex-vereador em Volta Redonda, Sukinho tentou se reeleger em 2016, o que não conseguiu. Apesar da derrota, aceitou fazer dupla com Nelson Gonçalves, que desistiu da Alerj para tentar chegar à Câmara.
Vicentinho (PSB) – Vereador em Barra Mansa, tenta pela primeira vez uma vaga na Alerj.
Marcelo Cabeleireiro (DC) – Vereador com quatro mandatos, atualmente é presidente da Câmara de Barra Mansa. Para chegar à Alerj conta com o apoio do prefeito local, Rodrigo Drable.
Bruno Marini (PSD) – Empresário de sucesso, Bruno já foi candidato a prefeito em 2016, quando recebeu mais de 8,5 mil votos, cerca de 10% do total dos votos válidos, o que credencia como uma novidade na política barramansense.
Elias Raffide (PTB) – Publicitário, conhecido como Peça, Raffide se lança pela primeira vez nas urnas.
Carlos Roberto de Souza Santos (PN) – Professor Capitão – Nome novo da política de Resende.
Vagner Tueler (Avante) – É de Porto Real e busca sua primeira eleição estadual.
Vagner Cheren Guedes (PPS) – Já foi candidato à Alerj por Itatiaia.
Noel de Carvalho (PSDB) – Uma velha raposa. Já foi prefeito duas vezes de Resende; deputado federal constituinte; quatro vezes deputado estadual e já assumiu três secretarias estaduais: de Educação; de Agricultura e Pesca e de Habitação.
Célia Jordão (PRP) – É mulher do prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão.
Ronaldo Anquieta (MDB) – Ex-coordenador de projetos da UFF, o jovem concorre pela primeira vez a um cargo político. Ele é de Barra do Piraí.
Gustavo Tutuca – (MDB) – Atualmente é um dos nomes de maior peso na política fluminense. É um dos poucos sobreviventes da tempestade que levou pelos ares o MDB de Sérgio Cabral.
Professora Clarice (PT) – Quer ser a nova Inês Pandeló de Barra Mansa.
Deputado federal
Deley (PTB) – Sempre ligado ao ex-prefeito Neto, Deley foi eleito deputado federal por três mandatos, com o intervalo de um mandato – que na verdade cumpriu como suplente, a partir de março de 2011. Ex-periente nas urnas, conta com a força política do grupo Neto e com a ajuda de vários prefeitos, como Rodrigo Drable, de Barra Mansa.
Benevenuto Santos (Avante) – Neto do ex-prefeito Benevenuto dos Santos Netto, esta é a primeira vez que o jovem Benevenuto se lança candidato a um cargo político partidário. É advogado e professor.
Geraldinho do Gelo (PHS) – O empresário chegou a se lançar como candidato a prefeito de Volta Redonda em 2016, mas desistiu antes do início da campanha. Chegou a ser subprefeito do Retiro na gestão Samuca, mas deixou o governo em março.
Seu Bené (PSB) – Depois de aparecer em um programa de TV e virar celebridade a bordo do Laranjão, caminhonete que usa para fazer fretes e política, seu Bené já tentou se eleger para a Alerj em 2010. Obteve 9,5 mil votos, mas ficou como terceiro suplente. Agora, quer trocar o Laranjão por um avião para poder ir semanalmente a Brasília.
Laydson (MDB) – Esta é a terceira eleição que Laydson disputa. A primeira, quando perdeu, foi em 2014 para a Câmara Federal. Na sequência, em 2016, disputou uma vaga na Câmara de Volta Redonda e, com apoio maciço dos evangélicos, foi eleito com cerca de 1,8 mil votos.
América Tereza (MDB) – Ex-vereadora de vários mandatos, Tereza chegou a disputar uma vaga como deputada federal em 2014, mas não se elegeu. Em 2016, disputou a prefeitura de Volta Redonda e nem chegou a ir para o segundo turno. Se desincompatibilizou da presidência da FIA (Fundação da Infância e Adolescência), em abril, para poder disputar as eleições.
Carlos Conrado (DC) – irmão do vereador Paulo Conrado, Carlos sempre coordenou as campanhas do Legislativo. No entanto, esta é a primeira vez que coloca o seu nome na disputa das urnas e também conta com apoio dos evangélicos de Volta Redonda, tendo ainda bom espaço entre os católicos pela defesa da família.
Zoinho (Solidariedade) – Ex-vereador e ex-deputado federal, Zoinho já disputou por duas vezes a prefeitura da cidade do aço. Em 2012 chegou ao segundo turno contra o ex-prefeito Neto, mas não levou. Em 2016 tentou novamente, mas ficou em quinto lugar, com 8,8 mil votos.
Nelson Gonçalves (PSD) – Deputado estadual de seis mandatos – o último cumprido na suplência, desde 2017 – Nelsinho disputou a eleições para prefeito em 2016, quando acabou ficando em quarto lugar, com 22,2 mil votos.
Adolfo Furtado (Podemos) – Engenheiro Civil, Adolfo Furtado já foi presidente do Saae-VR. Tentou se eleger vereador em 2008, sem sucesso. É a primeira vez que tenta uma vaga na Câmara Federal.
Antônio Furtado (PSL) – O ex-delegado titular da 93ª DP está se aventurando na política pela segunda vez. Na primeira, foi vice na chapa de América Tereza, que ficou em terceiro lugar na corrida ao Palácio 17 de Julho, com 35,5 mil votos.
Marco Rodrigues (PSB) – Engenheiro, o jovem de 25 anos testa seu nome pela primeira vez nas urnas.
Alexandre da Am4 (PSL) – Publicitário, Alexandre tenta repetir nas urnas o sucesso que já obteve em diversas campanhas de publicidade.
Alexandre Ser-fiotis (PSD) – Busca a reeleição, mas já não conta com a ajuda tradicional do pai, velha raposa da política regional.
Venissius (PRP) – É de Angra dos Reis e foi ‘lançado’ por Fernando Jordão, que tinha prometido apoio a Deley (PTB), de Volta Redonda.
Roque, Cerqueira (PDT) – E presidente da Câmara de Resende e disputa pela primeira vez uma cadeira para a Câmara Federal.
Luiz Sérgio (PT) – Busca a reeleição.
Edson Pedro (Podemos)