sábado, setembro 7, 2024
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‘P… da silva’

Drable reitera pedido para que candidatos sejam escolhidos em pesquisas; e que os escolhidos não sonhem com a prefeitura de Barra Mansa

A 93 dias das eleições de outubro, o número de candidatos a deputado federal pelo Sul Fluminense não para de crescer. Mostra que, apesar das previsões pessimistas quanto à possibilidade de um político da região ser eleito, ninguém quer largar o osso. Muito pelo contrário. Em Barra Mansa, por exemplo, quatro aliados do prefeito Rodrigo Drable já estão nas ruas pedindo votos como pré-candidatos à Câmara: Luiz Furlani, Ademir Mello, Leonardo da Joalheria e, mais recentemente, a vice-prefeita Fátima Lima.
A última a se lançar foi, como o aQui já tinha previsto em dezembro do ano passado (edição 1280), a professora Fátima Lima, que entrou na disputa como pré-candidata a deputada federal pelo PSD, legenda que ela mesma comanda na cidade. “Eu vou trabalhar pela região e pela minha cidade, defendendo os valores cristãos e as pessoas que precisam de acolhimento. Também vou lutar para promover a educação e tudo que vá garantir que a população tenha melhores condições de vida. Tudo isso sem nunca esquecer de quem sempre contou comigo, e para isso quero promover políticas públicas que atendam as mulheres, os idosos, a população negra, a juventude, e os mais vulneráveis”, destacou em entrevistas às rádios.
O que os quatro pré-candidatos de Barra Mansa não querem avaliar é qual deles o prefeito Rodrigo Drable vai apoiar oficialmente. E, lógico, o que será deles a partir do dia 4 de outubro, quando o resultado oficial for publicado. Em entrevista exclusiva ao aQui, Drable falou grosso ao ser procurado pela reportagem para comentar sobre o nome que iria apoiar. “Eu havia proposto que os candidatos se reunissem e que fizessem um acordo entre eles. E lhes disse que eu apoiaria o que tivesse mais indicação de votos da pesquisa”, disse, relembrando a entrevista que concedeu ao jornal onde deixou claro que ele só iria apoiar um dos candidatos à Câmara. “Só que até onde sei, eles não fizeram essa reunião para tentar caminhar juntos ou escolher um deles para ser candidato”, disse o prefeito, de forma contrariada. P… da vida, por sinal.
Drable foi além. “Acho que isso (todos se candidatarem) dificulta para todo mundo. Na minha avaliação, Barra Mansa tem potencial para eleger sim um deputado federal, mas depende da união de todos em torno de um nome, e que todos estejam com intuito de ter um deputado”, reiterou, disparando a seguinte sentença. “Os voos solos não contribuem para a cidade ter um deputado”.
A seguir, o prefeito usou o exemplo da eleição do deputado estadual Marcelo Cabeleireiro em 2018 que ocorreu, principalmente, pelo fato de Rodrigo ter vestido a camisa do então candidato. “Entendo que em 2018 a eleição do Marcelo foi resultado de um acordo entre todos os candidatos da cidade. Teve um (nome não revelado) que fez carreira solo. Saiu sozinho. Teve uma votação pífia. No caso do Marcelo, todos os outros candidatos se reuniram e decidiram que seria candidato o que fosse mais votado em uma pesquisa eleitoral, o que tivesse mais intenção de voto e deu no que deu. O Marcelo foi eleito. Penso que isso deveria acontecer para a eleição de federal também”, pontuou.
Ainda abordando o resultado da eleição de 2018, que culminou com a eleição de Marcelo Cabeleireiro, o prefeito de Barra Mansa crê que o parlamentar vai se reeleger. “Para (deputado) estadual o único que tem chances é o Marcelo Cabeleireiro. Se a cidade dividir os votos em outros candidatos, a tendência é não termos nenhum deputado estadual também. Então é fundamental que, para termos 1 parlamentar eleito, os votos sejam focados nesse único candidato, que na minha humilde opinião é o Marcelo Cabeleireiro. Ele já tem mandato e tem mostrado um bom serviço”, ponderou.
Por fim, Drable voltou à carga com relação às candidaturas dos seus aliados para a Câmara. “Só quero ressaltar mais uma vez: O meu desejo é que esse acordo entre os candidatos da cidade seja feito, tanto para estadual quanto para federal. Que se reúnam e que façam um acordo para que uma pesquisa defina quem é o candidato. Quem tiver mais intenção de voto deveria ser o candidato único. Esse é meu humilde desejo de quem quer que a cidade tenha um deputado”, afirmou, para fazer um pedido extra aos pré-candidatos: “Quem for o candidato a federal e estadual deveria dar uma declaração pública de que não pretende sair candidato a prefeito para deixar claro que a candidatura a deputado não é um mero trampolim para projeção para a campanha de prefeito. Essa candidatura tem que ser para termos um deputado. Usar a votação para se projetar é uma covardia contra a cidade. Isso tem que ficar claro, inclusive, para o eleitor”, finalizou.

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