Representantes da CSN e do Sindicato dos Metalúrgicos se reuniram na manhã de quarta, 1º, para mais uma rodada de negociação pela volta do turno de 8 horas na Usina Presidente Vargas. O encontro aconteceu a pedido da CSN, que enviou um ofício ao Sindicato na terça, 31, e aconteceu no antigo Escritório Central, na Vila. Segundo Silvio Campos, a reunião foi frustrante. Segundo ele, a CSN reapresentou a mesma proposta com alteração apenas das datas de pagamento da compensação financeira (abono) e concordou em permitir que os trabalhadores definam a tabela de horário do novo turno.
Em boletim divulgado aos operários, Silvio Campos informou que rejeitou a proposta ainda na mesa. “Mais uma vez, a direção do Sindicato se recusa a levar a proposta apresentada para apreciação dos trabalhadores, já que não contempla os itens reivindicados anteriormente”, disse. Em seguida, lembrou da histórica greve de 88 (que no próximo dia 9 completa 29 anos), mas deixou claro que não pretende repetir o feito no que se refere à luta armada. “Pelo andar da carruagem, parece que vem se configurando um novo 9 de Novembro, com luta em defesa dos trabalhadores, pela garantia dos seus direitos, pelo emprego e por melhores condições de trabalho. É claro que não está se falando em conflito armado, tiros e bombas (…) mas de uma luta justa e legítima dos trabalhadores metalúrgicos”.
Confira a nova proposta da CSN:
- Acordo do turno contínuo de 8 horas, com vigência de 2 anos;
- Abono de R$ 2.500,00 a ser pago em duas parcelas. A primeira parcela, de R$ 1.500,00, a ser paga em até 5 dias úteis após assinatura do acordo e a segunda, de R$ 1.000,00, em novembro de 2018
- Possibilidade de escolha da escola, conforme as opções que poderão ser colocadas, inclusive com a opção de escala 4×1 – 4×1 – 4×2, com folga de 80 horas.