Não é por acaso que é comemorado em 5 de agosto o Dia Nacional da Saúde no Brasil. Este também é o dia do nascimento do médico sanitarista Osvaldo Cruz, que foi praticamente quem deu o pontapé inicial para as pesquisas médicas no país. Cruz, que nasceu em 1872, em São Luiz do Paraitinga (SP), também foi bacteriologista e epidemiologista, e era um pesquisador dedicado.
Depois de se formar em medicina no Brasil, Cruz partiu para um estágio de três anos no renomado Instituto Pasteur, em Paris. Voltou ao Brasil em 1899, onde organizou o combate a um surto de peste bubônica em Santos (SP). Mostrou que a vacina era imprescindível para controlar a epidemia da doença.
Como a importação da vacina era demorada e cara, convenceu o governo a instalar um instituto para produzi-la no Brasil. Assim nascia, em 1900, o Instituto Soroterápico Federal, atual Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), instituição pioneira e reconhecida internacionalmente por suas pesquisas.
Mas a carreira de Osvaldo Cruz não foram só flores. Como diretor-geral de Saúde Pública, nomeado pelo então presidente Rodrigues Alves, coordenou a partir de 1903 as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. A estratégia de vacinação em massa e limpeza da cidade – que tinha péssimas condições de salubridade – causou a Revolta da Vacina, onde Cruz chegou a ser apontado como “inimigo do povo”. Hoje sabemos que seus esforços estavam no caminho certo.
Em 1916, ano de sua morte, este grande brasileiro ainda ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências.
Edson Quinto é vereador e presidente da Câmara de Volta Redonda