Os trabalhadores representados pelo Sindicato da Construção Civil de Volta Redonda aprovaram o estado de greve durante assembleia da categoria, realizada na quarta, 16. A situação chegou a este ponto depois que as empresas da base ofereceram uma proposta de 4% de reajuste salarial, sendo 3% retroativos a julho e 1% de ganho real a partir de novembro. Além destes percentuais, as empresas querem dar apenas 10% de reajuste na cesta. A oferta está muito aquém do que foi pedido pelo Sindicato – 10% de aumento salarial e 100% no cartão- alimentação, que passaria dos atuais R$ 350 para R$ 700.
Segundo o Sindicato da Construção Civil, a pauta de reivindicações contempla ainda outros itens que foram negados pelas empresas da base. Como, por exemplo, o pagamento de uma PLR de um salário base (com o valor máximo de até R$ 3 mil), desconto de somente 1% no vale-transporte, além do pagamento de 70% de horas extras nas duas primeiras horas e de 100% nas demais. É pedido ainda um plano de saúde para todos os trabalhadores que prestam serviços dentro das indústrias.
As negociações entre Sindicato da Construção Civil e empresas da base começaram em junho e seguiram em julho sem avanços. Os trabalhadores chegaram a votar e reprovar a proposta das empresas de 6% de reajuste na cesta básica (que dentro da indústria ficaria R$ 372 e fora da indústria seria de R$ 249) e 4% de PLR (que ficaria R$ 635,51 para o ajudante e R$ 702,15 para o profissional). Essa proposta foi levada à apreciação dos trabalhadores no dia 27 de julho e reprovada por 98,14% dos votantes (2695 votos contra 51). Depois desta rejeição, as empresas não apresentaram mais propostas, mesmo com a pressão do Sindicato para que fosse feita uma nova oferta.
Sem avanços, os trabalhadores aprovaram o estado de greve. Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil, Zeomar Tessaro, na próxima segunda, 21, haverá uma nova assembleia, em duas chamadas (7h30min e às 18 horas), na Praça Juarez Antunes, para organização da greve. O movimento deverá ser deflagrado, oficialmente, a partir das 7 horas de terça, 22, quando todos os trabalhadores da base vão cruzar os braços até que os pedidos previstos na pauta de reivindicações sejam atendidos.
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