Ainda não foi dessa vez que o Sepe pôde comemorar o tão esperado acordo de implantação do Plano de Cargo Carreira e Salários em Volta Redonda, encavalado há cerca de duas décadas. É que a audiência de conciliação entre o Sindicato dos Profissionais da Educação e o Palácio 17 de Julho, marcada pelo Juiz Flávio Pimentel para terça, 26, simplesmente não aconteceu. Motivo: ninguém do governo apareceu, deixando com a cara no chão não só os sindicalistas presentes, mas também o próprio juiz e o representante do Ministério Público.
Todos que compareceram à reunião se mobilizaram para entrar em contato com representantes do prefeito Samuca Silva para que o encontro não fosse uma viagem totalmente perdida. Solícito com os sindicalistas que aguardavam ansiosamente na sala de reuniões desde as 17 horas, o Promotor de Justiça João Alfredo Gentil conseguiu entrar em contato, por volta das 18 horas, com os procuradores de Volta Redonda, que saíram correndo em direção ao Fórum.
O Procurador Geral, César Augusto Nogueira, assim que chegou ao local da audiência se desculpou junto ao juiz e aos advogados do Sepe, explicando que houve um mal-entendido de datas e horários, mas garantiu que a prefeitura de Volta Redonda continuava disposta a dialogar com o Sindicato a fim de entrarem num acordo. Uma nova data foi marcada para que governo e sindicato voltem a ficar cara a cara: será no 17 de outubro.
A direção do Sepe lamentou o ocorrido, mas mantém a esperança de que haverá acordo e o PCCS finalmente sairá do papel. Mas há um consenso entre a diretoria que dificilmente os professores receberão o dinheiro do desencavalamento ainda em 2017. “Como a audiência foi remarcada para outubro, até que o perito faça uma análise das contas da prefeitura, provavelmente não haverá tempo hábil ainda este ano para que o prefeito pague. Mas do início do ano não pode passar ou não haverá isonomia com relação aos demais funcionários públicos”, disse um integrante da direção se referindo aos acordos já firmados entre a prefeitura e o Sindicato dos Funcionários Públicos.