Nada animado

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Roberto Marinho

O ex-prefeito Neto desmentiu ontem, sexta, 6, em entrevista exclusiva ao aQui, que tenha aceitado sair como pré-candidato a vice-governador em uma chapa liderada pelo ex-prefeito Eduardo Paes, que acaba de deixar a legenda do MDB para se filiar ao Democratas.

“Ontem (quinta, 5) o Rodrigo (Maia) e o (Francisco) Dornelles me ligaram. A princípio eu não gostaria de ser candidato nestas eleições. Não estou empolgado. Não é o que eu gostaria para o momento. O que eu gostaria mesmo era de um dia voltar a ser prefeito de Volta Redonda”, disparou, reconhecendo, porém,  que não houve uma negativa direta ao convite.  “Eles sentiram a minha falta de animação”, comparou. “Está tudo muito cedo. Estamos debatendo. Mas eles sabem que eu vou ajudar na campanha, dentro ou fora da chapa”, amenizou.

Neto, é claro, referia-se ao prazo fixado pela lei eleitoral para a composição das chapas – podem ser realizadas até agosto. “Eu disse a eles que fico muito honrado com o convite e a insistência para que eu faça parte desta chapa. O Paes é muito competente e ele fez muito pelo Rio de Janeiro”, contemporizou.

‘E o que o deixaria desanimado?’, indagou o repórter do aQui. “O vice tem que ser uma pessoa para ajudar o governo, como eu fui feliz com os vices que tive, em especial o (Carlos Roberto) Paiva, que foi um grande parceiro. E para isso (ele) tem que estar motivado, empolgado entendeu?”, respondeu Neto, adiantando ainda que, a pedido de Pezão, não vai deixar o MDB. E que continua tendo como candidato a deputado federal o antigo parceiro Deley de Oliveira. “Pela gratidão e por tudo que ele fez por Volta Redonda”, disparou.

Sobre os apoios – sempre esperados – para os candidatos a Alerj, Neto desconversou, mas deixou escapar alguns nomes. “Volta Redonda tem alguns bons candidatos, mas ainda não decidimos nada sobre apoios, ainda é muito cedo. Mas todos sabem que tenho muito carinho por alguns nomes, Sidney (Dinho), o Jari”, pontuou.

Sobre a crise atravessada pelo MDB e pelo governo Pezão, Neto acabou citando – inconscientemente ou não – o próprio lema. “O PMDB está muito desgastado, a gente lamenta muito tudo o que está se passando, mas esperamos que a honestidade e competência vençam e convençam (aos eleitores, grifo nosso) que ainda existem pessoas compromissadas com o bem da população”.