Mateus Gusmão
Em junho, como os leitores devem se lembrar, o aQui divulgou, com exclusividade, que a prefeitura de Volta Redonda iria acelerar os atendimentos médicos com especialistas. A ideia era contratar, por mais de R$ 1 milhão, uma clínica particular para realizar cerca de 12 mil consultas. Tudo para desafogar as filas de espera existentes na Policlínica da Cidadania, que anda a passos de cágado. A população, é claro, comemorou. O problema é que deu tudo errado, porque a secretaria de Saúde resolveu cancelar o processo de licitação. Detalhe: o certame chegou até a ocorrer e o Hinja, hospital da família do ex-prefeito Gotardo Neto, teria vencido a concorrência.
Agora, tudo volta à estaca zero. Na terça, 23, a secretária de Saúde, Conceição Souza, soltou o Termo de Revogação do Pregão Presencial 024/22, alegando interesse público. “Considerando o parecer da diretora do Departamento de Controle, Regulação, Avaliação e Auditoria, indicando fatos supervenientes que se contrapõe o prosseguimento do feito (licitação), indicando a necessidade de encerramento dos atos que põe risco a segurança da contratação e o interesse público”, justificou, sem ser clara.
Entre outros motivos, de acordo com Conceição, há necessidade de se alterar o edital de licitação, pois teria havido “constatação de crescimento expressivo das demandas reprimidas”, escreveu, destacando que houve mudanças no quadro de funcionários da Policlínica Municipal, “o que gera a necessidade de uma análise das consultas médicas especializadas a serem contratadas”, completou.
As consultas que seriam contratadas pelo Palácio 17 de Julho eram de angiologia, cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, nefrologia, neurologia, ortopedia, proctologia e reumatologia. Tem mais. Conceição não revela se vai promover uma nova licitação para acabar com as filas nas consultas médicas. É uma pena.