quinta-feira, março 28, 2024
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Na corda bamba

Existe um movimento de filiados – funcionários da Cohab-VR – descontentes com a atuação do jurídico do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. Eles estão estimulados a pedir a desfiliação do Sindicato pela inoperância do órgão sindical em defender os seus direitos, com processos ganhos na Justiça do Trabalho e que não são executados por falta de ação do órgão sindical.

O exemplo usado por eles são os processos com sentença favorável aos servidores da  Cohab – alguns já até faleceram, mas os herdeiros naturais terão  direito a receber – que estão mofando nas gavetas do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT), no Aterrado. São valores a receber da empresa, de R$ 800,00, R$ 3 mil, R$ 10 mil, R$ 20 mil e até R$ 150 mil, em que o sindicato não se mobiliza para que a sentença seja judicialmente executada e cumprida. A desculpa é sempre a mesma: a Companhia de Habitação não tem caixa para pagar.

Outro fato que está deixando os associados descontentes são os processos de reenquadramento salarial no PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários), onde o jurídico do Sindicato alegou ter perdido os documentos (pessoais e a procuração assinada por cada associado autorizando o órgão sindical a agir) dessas ações individuais. O resultado é que mesmo ganhando pouco, com os salários defasados e encavalados, sem aumento real, os funcionários estão tendo que contratar advogados particulares para defendê-los na Justiça:

“O sindicato tem uma estrutura excelente, bem grande, mas na hora de defender a gente, fica pequeno. Eu vou procurar todo mundo que eu conheço e pedir que desfiliem-se do Sindicato, que não está nos proporcionando nenhum ganho econômico nos processos ganhos e ainda perde documentos. O advogado falou isto na frente de cinco testemunhas. E temos que nos virar para ir atrás do que foi ganho, porque não há pressão para cumprimento das sentenças”, diz uma filiada, que pede para não ser identificada por temer represálias.

Outro associado do Sindicato da Construção Civil, (também funcionário da COHAB, mas cedido a outro setor da prefeitura) concorda com a falta de atuação do jurídico na defesa dos interesses salariais dos associados, funcionários da Companhia de Habitação: “É um sindicato grande, mas não adianta a gente ganhar e não levar. Em breve serei um dos primeiros a pedir a desfiliação. Este ano já contribuí com um dia do meu trabalho, além da contribuição mensal. Não está valendo a pena porque não temos nenhuma informação. O resultado não aparece nos salários. Então, pra quê continuar filiado no Sindicato se temos que contratar advogado particular para nos defender?” questiona.

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