O pecuarista Pedro Barros Pereira, ex-sogro da corretora Karina Garofalo, assassinada no dia 15 de agosto na frente do filho de 13 anos, foi preso por policiais civis por suspeita de participação no crime. Segundo informações da Polícia, Pedro teria sido delatado pelo próprio filho, ex-marido de Karina, preso na semana passada em um sítio na cidade de Bananal (SP). Os detalhes da participação do pecuarista na morte da corretora não foram divulgados, mas a Polícia informou que ele teria ajudado o filho a planejar o crime.
Pedro Barros foi preso em sua fazenda, localizada em Dorândia, distrito de Barra do Piraí, no final da manhã de quinta, 8, e em seguida levado para a Delegacia de Homicídios da capital, responsável pelas investigações da morte de Karina. Já seu filho, Pedro Paulo Júnior – ex-marido da corretora –, foi preso pela Polícia Federal escondido em um sítio em Bananal. As prisões de pai e filho ocorreram quase três meses depois do crime, num intervalo de uma semana de uma para outra. Karina foi assassinada com 4 tiros à queima roupa, por um primo de Pedro Paulo, depois de sair de um shopping na Barra da Tijuca, no Rio.
O primo de Pedro Paulo, Paulo Maurício Barros Pereira, foi preso no dia 21 de agosto, na BR-393, em Valença. Ele foi reconhecido pelo filho de Karina como autor dos disparos. Dias depois da prisão de Paulo Maurício, a polícia também prendeu o guarda municipal de Porto Real Hamir Feitosa Todorovic suspeito de participar do crime. Ele foi flagrado por câmeras do estacionamento do shopping seguindo Karina em uma moto, e teria ajudado Paulo Maurício na fuga. Karina foi sepultada em Volta Redonda sob forte comoção.
Segundo a Polícia, a motivação do crime seria por vingança e ciúmes. Pedro Paulo Junior e Karina estavam separados há alguns anos e disputavam a partilha de bens avaliados em R$ 3 milhões. Karina vivia no Rio com os dois filhos e estava namorando um empresário carioca. Irritado, o ex-marido teria planejado a morte da corretora com a ajuda do pai, do primo e do guarda municipal – apontado nas investigações como amigo de longa data de Pedro Paulo Junior. Os quatro estão presos na cadeia de Benfica, na capital, e vão responder por homicídio qualificado. A defesa do ex-marido chegou a entrar com um Habeas Corpus alegando insanidade mental do seu cliente, mas o pedido foi negado.