“Mais investimentos”

Cláudio Castro, Marcelo Freixo, Paulo Ganime e Luiz Eugênio Honorato, em entrevista exclusiva ao aQui, falam de seus planos para o Sul Fluminense

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O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, faz discurso de posse no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro.

Candidato à reeleição, o governador Cláudio Castro, em entrevista exclusiva ao aQui, diz que um dos motivos que os eleitores devem votar no nome dele é uma razão muito simples: “(Queremos) Tirar o estado do Mapa da Fome”. E isso, segundo ele, passa por investir mais em Volta Redonda, Barra Mansa e região. Tem mais. Apontado como favorito em todas as pesquisas eleitorais, podendo vencer até mesmo no primeiro turno, diz que não dará tratamento especial à CSN. Saiba por que lendo abaixo a entrevista de Cláudio Castro, que está sendo publicada na íntegra:

aQui: O que o senhor pretende fazer, especificamente, por Volta Redonda?
Cláudio Castro: Volta Redonda é uma das cidades mais importantes do estado e merece toda a nossa atenção. O município nunca recebeu um investimento tão alto por parte do Governo do Estado como agora. Destinamos mais de R$ 135 milhões para um plano de mobilidade urbana, o maior conjunto de obras feitas de uma só vez na história da cidade. Também destinamos verba para a reforma, ampliação e aquisição de equipamentos e mobiliários para o Hospital Municipal Dr. Munir Rafful, o Hospital do Retiro e a UPA do Santo Agostinho. Outra iniciativa importante é o Museu da Ciência, com previsão de conclusão em um ano. E ainda tem a reforma de pelo menos 12 praças. O prefeito Neto é um grande parceiro e, com certeza, ainda faremos muito pelo município.

aQui: E por Barra Mansa?
Cláudio Castro: Barra Mansa é outro município que vem recebendo investimentos significativos do Estado. Mesmo com as dificuldades econômicas impostas pela pandemia da Covid-19, voltamos a ser um vetor de crescimento da indústria nacional. O novo ambiente de negócios, com segurança jurídica, por exemplo, foi determinante para que a ArcelorMittal investisse, este ano, R$ 1,3 bilhão na sua planta de produção, no bairro Saudade. Essa confiança do setor fará o Rio ser referência nacional na fabricação de aços de alta qualidade, com produção para grandes indústrias automobilísticas, de eletrodomésticos, embalagens, construção civil e naval.
Barra Mansa também ganhou um Restaurante do Povo, que começará a servir refeições a R$ 1 em breve, e um polo da Secretaria de Estado de Assistência à Vítima. Além da Casa do Trabalhador, que faz a ponte entre o empregado e o empregador.
As estradas da região estão sendo recuperadas para garantir o acesso ao turismo e o escoamento da produção agrícola. Entre elas, a RJ-157, ligando Barra Mansa ao interior de São Paulo. Essa rodovia terá obras de contenção, drenagem, pavimentação e sinalização, no valor de R$ 170 milhões. O processo já está em licitação. Também estamos revitalizando a RJ-155 (Rodovia Saturnino Braga), que liga Barra Mansa a Angra dos Reis, parcialmente destruída pelas chuvas do primeiro semestre do ano. Os três túneis estão passando por obras. Dentro do município, vários bairros estão recebendo o Asfalto Presente e o Ciep 486 está sendo transformado em uma E-Tec, Escola de Novas Tecnologias e Oportunidades. E temos muitos outros planos para a cidade, que receberá mais melhorias de infraestrutura.

aQui: O que o senhor pretende fazer pelo Sul Fluminense como um todo?
Cláudio Castro: A região é estratégica para o fortalecimento do Estado do Rio de Janeiro como um todo. Não é à toa que a nossa gestão já investiu mais de R$ 1 bilhão no Sul Fluminense e no Médio Paraíba. São investimentos em projetos e obras, que geram emprego e garantem qualidade de vida para a população. As ações fazem parte do PactoRJ, maior pacote de investimentos da história do estado, somando R$ 17 bilhões em programas em diversas áreas. Em Angra dos Reis, por exemplo, obras aguardadas há 17 anos, no aeroporto local, orçadas em R$ 26 milhões, vão duplicar as operações de embarque e desembarque para 60 mil passageiros anualmente.

aQui: A CSN, maior empresa da região e maior siderúrgica da América Latina, terá um tratamento especial do seu governo? Teria algum plano específico para melhorar o relacionamento do Estado com o empresário Benjamin Steinbruch?
Cláudio Castro: Não faço distinção entre empresas. Todas são importantes para o desenvolvimento do estado e sempre terão a mesma atenção e tratamento. Já contribuímos para intermediar o fortalecimento da boa relação da siderúrgica com a prefeitura e o próprio Governo do Estado. Entendimentos que já possibilitaram o acompanhamento de acordos importantes, como o novo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para adequação da Usina Presidente Vargas às normas ambientais exigidas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Nosso governo é o do diálogo, do entendimento, da ajuda mútua, em prol do cidadão fluminense.
aQui: Caso eleito, vai manter todas as obras do governo do Estado em execução nas cidades da região?
Cláudio Castro: Não só manter, mas expandir obras e serviços. Nos próximos anos, o planejamento é ampliar o PactoRJ, maior pacote de investimentos da história do estado. Serão destinados mais de R$ 2 bilhões, com foco justamente em obras de infraestru-tura para todo o interior. Melhorou muito, mas ainda temos muito o que fazer pelo estado. Por isso, é importante continuarmos o trabalho que já estamos desenvolvendo.
Nos últimos dois anos, tenho olhado com cuidado para o interior e suas principais demandas, com o objetivo de garantir o desenvolvimento para todos os municípios fluminenses. Temos que dar continuidade à recuperação de mais de 880 km de estradas estaduais, bem como à reforma de escolas, batalhões e delegacias e à construção de mais unidades de saúde, ampliando cada vez mais o atendimento especializado, facilitando ao máximo a vida dos cidadãos fluminenses.

aQui: Quais são os seus planos para a segurança pública da região? Pretende criar um novo Batalhão da Polícia Militar? Criar uma Delegacia de Homicídios para o Sul Fluminense?
Cláudio Castro: Qualquer unidade de segurança, seja batalhão ou delegacia, cogitada para ser construída tem que passar por avaliações técnicas e não políticas. Foi assim que já expandimos, por exemplo, as bases do programa Segurança Presente, de 13 unidades para 42, em 21 cidades. E já está nos nossos planos reforçar a segurança e o conceito de polícia de proximidade em todas as regiões do estado.
Os investimentos em Segurança Pública já alcançam R$ 700 milhões no nosso governo. São recursos para aquisição de novos equipamentos, inteligência das polícias e reformas de batalhões e delegacias. E vamos seguir com essa série de melhorias para garantir ao cidadão de bem o seu direito de ir e vir.
aQui: Recentemente a Alerj aprovou um projeto incluindo Volta Redonda e Barra Mansa como parte do Sistema Tributário Regional de ICMS, visando diminuir desigualdades e atrair empresas. O senhor já estaria negociando com empresas para se instalarem na região? Quantas e quais?
Cláudio Castro: Depois que colocamos a máquina administrativa do governo para funcionar, em plena pandemia da Covid-19 e guerras no exterior, com reflexos negativos em todo o mundo, a economia fluminense voltou a crescer e está agora em plena recuperação. Por meio das nossas iniciativas, já foram abertas mais de 72 mil empresas. É um recorde de 214 anos, desde a criação da Jucerja. Esse avanço propiciou a recuperação de todas as vagas perdidas durante a pandemia. Abrimos, nos últimos 23 meses, 360 mil vagas de emprego em todo o estado, resultado da atração de novas empresas e a ampliação de empreendimentos que já atuam no estado.
As cidades do Médio Paraíba e do Sul Fluminense, por exemplo, voltaram a contar com importantes investimentos privados, que garantem geração de emprego e renda para a população. São mais de R$ 6 bilhões investidos por diversas empresas, que voltaram a confiar no estado.
A CSN, a BRF, Nissan, Magalu, União Química, Naturgy, Kavak e Atua Energia são algumas delas. Estamos permanentemente negociando novos empreendimentos com qualquer empresa que queira vir somar conosco, que queiram integrar essa missão de reconstruir o Estado do Rio de Janeiro.

aQui: O senhor pretende ampliar a oferta de cursos na UERJ ou promover a abertura de novos campus na região?
Cláudio Castro: A Uerj conta com um campus em Resende, que é a Faculdade de Tecnologia. A instituição vem formando profissionais especializados nas áreas automotivas, metalmecânica entre outras. Recentemente, abrimos um campus da Uerj em Cabo Frio, que começa a funcionar em 2023. Serão oferecidos três cursos: Medicina, Geografia e Ciências Ambientais. Nos próximos anos, vamos ampliar o ensino universitário, beneficiando cidades como Volta Redonda.

aQui: O Hospital Regional de Volta Redonda leva o nome da cidade do aço só por estar instalado no município e atende a pacientes de todo o estado do Rio. Poderia transformá-lo em um hospital regional de verdade? Caso negativo, justifique.
Cláudio Castro: O Hospital Dra. Zilda Arns Neumann é uma das unidades mais importantes do interior do estado, atendendo a 12 municípios, que, somados, têm 1,2 milhão de habitantes. A unidade de saúde – que passou a ser referência no atendimento de média e alta complexidades, com capacidade para 200 procedimentos por mês – também teve um papel preponderante durante a pandemia da Covid-19. Reconhecendo a sua importância, em junho deste ano, abrimos um centro cirúrgico no hospital. Em quatro anos de funcionamento, o Zilda Arns tem prestado um atendimento de excelência ao povo. Já recebeu mais de 25 mil pacientes. Está cumprindo sua mais importante missão: salvar vidas.

aQui: Por que os eleitores da região devem votar no senhor?
Cláudio Castro: Em primeiro lugar, sou apaixonado pelo estado do Rio. O meu compromisso é, especialmente, com os mais pobres. Tirar o estado do Mapa da Fome é uma das principais missões que temos pela frente. Para cumprir essa meta, precisamos continuar gerando oportunidades de atração de mais empresas, mais empregos, mais saúde, mais segurança, mais educação. A transformação que já estamos fazendo é fruto do diálogo e da parceria com as prefeituras. Para continuar esse governo responsável, de avanços, conto com o apoio dos cidadãos fluminenses.
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