A professora Juliana Carvalho, do Psol, que foi a candidata mais votada da esquerda nas eleições de 2020, decidiu retirar sua candidatura à sucessão do prefeito Neto, preferindo sair pré-candidata à Câmara de Volta Redonda nas eleições de 6 de outubro. Motivo: o Psol preferiu apostar em eleger um dos seus para garantir um lugar no parlamento. “Como mulher negra, professora e mãe, filha da classe trabalhadora de nossa cidade, fico muito feliz pela decisão tomada. Nós do Psol acreditamos nas inúmeras possibilidades que representam a entrada de candidatos de esquerda na Câmara Municipal. Vamos lutar por uma vitória do povo nessas eleições para que a Câmara se torne de fato a casa do Povo!!! Não existe democracia sem o corpo preto e feminino presente”, disparou.
Juliana demonstra até muito otimismo com o novo desafio e deu mostras de que vai dar trabalho aos adversários. “Estaremos a postos para transformar a nossa representação nesse espaço tão pouco nosso na atualidade. É preciso lembrar o absurdo de na última eleição nenhuma mulher ter sido eleita, isso só prova o quanto vivemos em uma cidade antidemocrática. No entanto, é importante lembrar: não basta ser mulher, é preciso mulheres comprometidas com o projeto de cidade justo, igualitário e que cuide das crianças, adolescentes e idosos. E que estejam alinhadas com a luta feminista, antirracista e LGBTfóbica”, pontuou.
Apesar da saída de Juliana, o Psol não pretende ficar totalmente de fora da disputa majoritária. O partido defende o nome da sua presidente, Adriana Bitencourt, como pré-candidata à prefeitura. Admite ainda a possibilidade de uma aliança com a Federação Brasil da Esperança composta por PT/PV/PCdoB, que já lançou a pré-candidatura do professor Habibe. Adriana, inclusive, poderá sair como vice na chapa. “O Psol, comprometido com a defesa de políticas públicas progressistas, indica a presidenta Adriana como pré-candidata, enquanto ainda aguarda definições sobre a vice, que pode ser o Habibe, candidato da federação, ou ela própria”, sustentou Juliana.