A CSN não desiste. Depois de pressionar o Sindicato e os trabalhadores para a volta do turno de 8 horas na Usina Presidente Vargas, a empresa tenta agora implantar o turno fixo. E, segundo os próprios operários – que participaram das reuniões de convencimento, promovidas pelas gerências, dentro da fábrica –, a CSN pretende alterar a jornada a partir do dia 16 de outubro. “Não fomos comunicados disso pela empresa. O Sindicato tomou conhecimento, após várias denúncias, que a CSN informou aos trabalhadores do turno, através de e-mail, que vai implantar o turno fixo, inclusive divulgando uma tabela de horários”, disse Silvio Campos, presidente do Sindicato.
Para evitar que a empresa tome esta decisão, de forma unilateral, Silvio vai realizar uma assembleia na próxima segunda, 9, às 18 horas, na Passagem Superior da CSN. Na ocasião ele vai fazer uma votação, por aclamação, para saber se os trabalhadores concordam com a implantação da jornada fixa. Silvio chegou a enviar um ofício na quinta, 5, para a CSN, pedindo informações sobre a denúncia recebida, envolvendo a implantação do turno fixo. Até o fechamento desta edição, na sexta, 6, a CSN não havia respondido ao Sindicato.
Ainda na quinta, 5, Silvio Campos divulgou no boletim do Sindicato e nos jornais locais um edital de convocação para a assembleia e ainda para uma possível greve na UPV, caso a CSN implante a jornada fixa sem o consenso dos trabalhadores e do Sindicato. Segundo Silvio, os rumores de que a CSN vai implantar o turno fixo a partir do dia 16 de outubro começaram após o Sindicato comunicar oficialmente à empresa o resultado do plebiscito realizado no último dia 25 de setembro. Na ocasião, a maioria dos trabalhadores votantes não autorizou o Sindicato de negociar com a CSN a volta do turno de 8 horas. O resultado desagradou a direção da Siderúrgica.