Meu nome é Ângelo Almeida, sou engenheiro, morador de Volta Redonda e leitor deste jornal há anos. Porém vosso jornal cometeu uma grave injustiça contra a Administração municipal, especialmente com o secretário Joselito Magalhães, que determinou o fechamento da Ilha São João, publicada no site deste jornal em 12/06/17, às 9h35min, sob o título de “Desnecessária”.
Estou lhe enviando fotos para comprovar os ‘fatos’. A Ilha São João, por culpa da Administração do governo anterior, se tornou uma ‘terra sem lei’. Aos domingos, a Ilha São João ficava aberta e se tornou ponto de encontro de veículos para a prática de rachas, cavalos de pau e afins, e principalmente exibicionismo de equipamentos de som altíssimo, acabando com a paz e tranquilidade dos bairros vizinhos, especialmente Voldac, Niterói e Barreira Cravo.
A lei determina, através da Resolução CONAMA 02, em conjunto com a NBR 10.151, que o limite máximo de som em áreas urbanas residenciais é de 50dB (diurno) e na Ilha São João, nesses eventos ultrapassava os 100dB e nos bairros vizinhos chega a 70dB. Isso é crime.
Além do CTB – Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997, que prevê no seu Artigo 228, usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN: Infração – grave; penalidade – multa; medida administrativa – retenção do veículo para regularização.
Se fosse somente pipa com cerol não estaria lhes escrevendo este email, mas quero apenas esclarecer e trazer a verdade. Domingo é dia sagrado para muitas religiões, mas principalmente dia de descanso para quem trabalha e paga os impostos.
Portanto cabe uma retificação em favor do secretário Joselito Magalhães, que está tentando colocar a casa em ordem.
Obs.: Seguem as fotos que tirei de apenas 2 (dois) domingos, em datas distintas para comprovar a reincidência dos fatos (25 de setembro e 6 de novembro de 2016), e nelas estão registradas as datas e horários (site da Hora do Brasil) e o nível de decibéis.
Conto com a ajuda de vocês em trazer nada mais que a verdade. Um forte abraço.
Ângelo Almeida
Nota da redação: Caro amigo, não temos o que retificar. O que o jornal questionou e insiste em questionar é se a ação determinada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Joselito Magalhães – de mandar fechar a Ilha São João – seria mesmo necessária. Simples assim.
Bastava a Joselito, como ocupante de alto cargo no Palácio 17 de Julho, ter enviado um, dois ou mais Guardas Municipais para tomar conta da Ilha São João para evitar os abusos dos jovens etc. Afinal, esse é papel oficial da GM – guardar os próprios municipais.
Com relação às fotos, como você mesmo frisa, elas são de 2016. Servem mais para provar que desde o governo Neto ninguém faz nada para reprimir os carros de som (pererecas) e carros de som automotivo que infernizam os moradores da cidade do aço e não apenas quem frequenta a Ilha São João. Que Joselito consiga a proeza de enquadrá-los conforme a lei determina. E que a Ilha São João continue sendo um local de lazer e eventos, tudo devidamente protegido pela GM.