Sindicato (I) – O Ministério Público do Trabalho protocolou na quinta, 8, um requerimento na Justiça do Trabalho solicitando uma Tutela Cautelar Provisória de Intervenção no Sindicato dos Metalúrgicos. Até o fechamento desta edição, na sexta, 9, a Justiça do Trabalho ainda não havia se pronunciado quanto ao pedido.
Sindicato (II) – No requerimento, assinado pelos procuradores Rogério de Almeida, Ronaldo Lima e Jofferson Rodrigues, há uma sugestão para que seja nomeada uma junta governativa composta por 7 nomes ou outro grupo de pessoas da confiança da Justiça do Trabalho, para conduzir o Sindicato dos Metalúrgicos, até o julgamento final da ação de nulidade da chapa 1. Detalhe: a Comissão Eleitoral, que foi nomeada pela Justiça do Trabalho para conduzir as eleições do Sindicato, pelo visto, deve estar descartada, né?
Audácia (I) – Ainda esperando pela participação do peão da CSN que ia sair do turno da UPV, o que não ocorreu, sindicalistas ligados à chapa 2, de Edimar Miguel, ficaram horas na tarde de quinta, 8, tramando a invasão da sede do Sindicato dos Metalúrgicos, na Rua Gustavo Lira. “Tô doido pra dar umas porradas”, esbravejava um deles, de sotaque paulista. Sorte é que a bravata ficou só na ameaça, pois temendo pelo pior, a diretoria do órgão teria contratado alguns seguranças para defender a sede do sindicato.
Audácia (II) – Entre os sindicalistas houve quem defendesse a tese de que Edimar deveria abandonar o serviço para ser ‘empossado politicamente’ como presidente do Sindicato na tarde de quinta, 8. “Se ele sair da CSN só vai ganhar uma advertência da empresa”, dizia um deles, que não pôde ser identificado.
A regra é clara! – Pouca gente entende de eleição sindical, mas quase todo mundo é meio técnico de futebol e sabe que um time não pode escalar jogadores irregulares para uma partida. Se fizer, pode ganhar e não levar. A Justiça esportiva não perdoa e a trabalhista, também não. Por isso, a turma da chapa 2 não conseguiu tomar posse no Sindicato dos Metalúrgicos na última quinta, 8, uma vez que escalou um monte de “jogadores irregulares” (gente que não estava em dia com o sindicato ou sequer era filiado ao mesmo e até mesmo gente que sequer tem vínculo empregatício com alguma empresa da base de representatividade do sindicato).
No grito – O mais curioso é que em nenhum momento os representantes da chapa 2 criticam ou contestam a decisão do Tribunal Superior do Trabalho, que confirmou a irregularidade na inscrição da via de oposição. E não falam por um único motivo: sabem que escalaram “jogadores irregulares”. Quem muito grita é porque não tem argumento.
Intervenção? – E sem argumento, buscam uma absurda intervenção no Sindicato dos Metalúrgicos através de uma nova ação proposta em Volta Redonda, desrespeitando o estatuto do sindicato e a decisão do ministro-corregedor do TST. Curiosamente, desejam que a intervenção seja feita por membros da sua própria Central Sindical. Agora respondam: Quem quer ganhar no tapetão?
Treta (I) – Durante a semana, o boato que circulava nos bastidores do Palácio 17 de Julho dava conta de uma briga entre o ex-prefeito Samuca Silva e o vereador e líder do governo Neto, Vander Temponi. Os dois são inimigos públicos e teriam ido às vias de fato em uma drogaria no Jardim Amália. Ambos negam. Temponi disse que nem encontrou o ex-prefeito. “Isso não aconteceu, não estive com ele”, disparou. Só que a equipe de Samuca confirmou que os dois se encontraram na drogaria, mas há cerca de 10 dias. E negou que ambos tenham se falado.
Treta (II) – Mas pelo o que o aQui apurou, os dois só não trocaram socos e pontapés. Ofensas foram várias. “O Temponi viu o Samuca na farmácia e xingou ele de tudo que é nome. Mas o Samuca não respondeu e os dois não se bicaram. Só teve xingamentos pesados mesmo”, disse uma fonte, ressaltando que a esposa de Temponi foi quem teria conseguido amenizar os ânimos. Detalhe: não foi a primeira vez que os dois discutiram. Em 2020, no pátio do Palácio 17 de Julho, Samuca e Temponi também bateram boca.
Treta (III) – O motivo do ódio entre os dois teria a ver com uma denúncia feita pelo ex-prefeito ao MP. Motivo: Temponi e o ex-secretário de Ação Comunitária, Marcão, supostamente, teriam recebido valores ilegais da empresa que prestava serviço de Merenda Escolar e no Restaurante Popular. Temponi e Marcão negam qualquer tipo de irregularidade.
Investigação – A Controladoria Geral do Município criou uma comissão para apurar suposta irregularidade na contratação do Banco do Brasil para cobrar administrativamente a dívida ativa do município. A parceria foi firmada em 2019 pelo ex-prefeito Samuca Silva e, entre outras, o BB ficaria responsável pela cobrança das pessoas físicas e jurídicas inscritas em Dívida Ativa. Receberia um troco na operação, é claro. Agora, o governo Neto quer saber se o Palácio 17 de Julho teve prejuízos com a medida. A comissão terá 60 dias para dar o parecer final.
Sessão – Os vereadores de Volta Redonda resolveram boicotar as sessões de terça, 6, e quinta, 8. Por isso ficou para a próxima segunda, 12, votações importantes para o governo Neto, como a apreciação dos projetos que criam duas fundações estatais: uma de Saúde – para acabar com as contratações por RPAs – e outra para conceder subsídios financeiros às empresas de ônibus. A tendência é que as duas sejam aprovadas com facilidade.
Campanha – Há um mal-estar na prefeitura de Volta Redonda por conta da campanha eleitoral. É que muitos cargos comissionados não estão querendo adesivar seus carros com propaganda dos candidatos do prefeito Neto, como Munir e Deley. Se na secretaria de Saúde há cinco carros adesivados, é muito. Puxões de orelhas já começaram.
Dívida – Parece piada, mas não é. A prefeitura de Volta Redonda publicou, em Diário Oficial, um prazo de 30 dias para os caloteiros quitarem seus débitos com o município. Os que não o fizerem serão inscritos na Dívida Ativa. O detalhe é que um dos devedores é a Cohab, que deve uma fortuna de impostos, como o IPTU.
Feira – Desde o início da campanha eleitoral, um político está batendo ponto na Feira Livre da Vila, que ocorre aos domingos. É o prefeito Neto, que fica sentado em uma cadeira na entrada principal da feira, com diversos santinhos na mão e cercado por apoiadores. O objetivo é pedir votos para Munir e Deley.
Vai entender (I) – Na edição passada, de n° 1318, o aQui mostrou boa parte dos primos pobres e primos ricos das eleições na região. E não dá para entender como é que Alan Cunha, presidente da Associação de Moradores do Açúde, possa ter recebido R$ 20 mil do seu partido, o Republicanos, enquanto dois pesos pesados da comunicação – Betinho Albertassi e Renan Cury– estavam à míngua até então. Até ontem, sexta, 10, o quadro mudou um pouco. Alan continuava com seus R$ 20 mil, mas, Betinho já tinha recebido R$ 300 mil do UB. Renan Cury, tadinho, continuava a ver navios. Não tinha recebido nenhum centavo do Solidariedade. Aliás, os caciques do partido mostram que não são nada solidários com Renan, né?
Vai entender (II) – Também não dá para entender porque Paulo Baltazar, ex-prefeito de Volta Redonda, recebeu R$ 500 mil do União Brasil mesmo tendo sido derrotado duas vezes seguidas para o Palácio 17 de Julho.
Vai entender (III) – Dayse Penna, tadinha, candidata do Novo, recebeu, vejam só, a soma milionária de R$ 677,20 do seu partido, o Novo, para bancar sua campanha à Alerj. Será que essa dinheirama toda não vai fazer falta para a legenda não?
Viva (I) – Tido como o maior ‘mão de vaca’ de Volta Redonda, o prefeito Neto doou R$ 8 mil para a campanha de Munir, seu irmão, à Alerj, que também recebeu a doação de R$ 50 mil feita por Deley, que recebeu R$ 525 mil do PSD, depois de ter chorado muito, é claro. Ah, Munir não recebeu nenhum centavo da sua legenda.
Viva (II) – O vereador Neném, outro chorão do UB e que estava p… da vida com o partido, já está mais calmo. Recebeu R$ 200 mil do diretório nacional da legenda. Tá rindo à toa. Ah, ainda não gastou nada, nadica de nada.
Na surdina – Outro ‘mão de vaca’, o vereador Jari, que foi deputado estadual por 3 meses, tá com tudo e não tá prosa. Recebeu R$ 170 mil do PSB para tocar sua campanha à Alerj. Tá bem à frente de Munir, né?
Boicotado – O empresário Guto Nader bate um bolão em Pinheiral, onde mantém um centro de treinamento de primeiro mundo, e que recebe grandes times políticos de tudo que é legenda, principalmente os do governo Castro. Mas, em finanças, Guto vai de mal a pior. Não recebeu nada do UB para tocar sua caminhada à Alerj. Ou está escondendo o ouro ou está sendo boicotado pelo União Brasil. O leitor acredita em qual das opções?
Barbudo – Zoinho, ex-deputado federal e quase prefeito de Volta Redonda, não anda bem das pernas, politicamente falando. Apesar da fama, seu partido, o Pros, lhe deixou a ver navios e Zoinho teve que tirar R$ 1 mil do seu próprio bolso para fazer sua campanha de candidato à Alerj.
Estrada – O ex-deputado estadual Nelson Gonçalves é tido como um chorão nos bastidores da política local, pois vive a vender a ideia que não tem recursos e nem apoio. Em parte, ele tem razão, pois até hoje não recebeu nenhum centavo do PSD, o mesmo partido de Munir, irmão de Neto. Sorte de Nelsinho é que o deputado federal Hugo Leal lhe doou R$ 20 mil para a campanha. Será que dá pro gasto?