Adorado por muitas mulheres e pelos cabeleireiros, é claro, o formol marca presença nos salões de beleza desde o final da década de 1990 quando passou, literalmente, a ser usado para ‘fazer a cabeça’ das clientes, sem importar a idade.
Usado em alguns produtos de alisamento capilar, o formol age quebrando as ligações químicas naturais, que são responsáveis pela forma ondulada/cacheada do fio, deixando-o liso e maleável. O que muitos não sabem é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso da substância como agente alisante, permitindo seu uso apenas em outras finalidades e assim mesmo nas concentrações que vão de 0,2% a 5%.
Por ser volátil e facilmente diluído em água, o formol tem rápida penetração nas mucosas do nosso corpo, principalmente nas do trato respiratório, desencadeando diversos efeitos colaterais, que podem variar de acordo com a concentração e o tempo de exposição. Dentre os efeitos indesejados que podem surgir tanto no profissional que aplica o produto quanto no cliente que está fazendo o procedimento capilar estão a irritação ocular, nasal, de garganta, náuseas, tonturas, dor de cabeça, além de desencadear crises de bronquites, pneumonias e até favorecer o surgimento de alguns tipos de câncer, como a leucemia.
Por isso, sempre que pensar em alisamento capilar, converse com seu cabeleireiro e certifique-se que o produto que ele irá usar conta com o selo de liberação da Anvisa. Do contrário, você estará usando um produto ilegal e colocará a sua saúde em risco.
Dr. André Bahia é médico com pós-graduação em Dermatologia e Tricologia Médica, CRM 52.87713-1. Atende no Hospital das Clínicas (24) 2102-0088 / Centro de Saúde Renascer (24) 3343-2150 / Rio Medical Center (24) 2108-0030. Instagram @drandrebahia