quinta-feira, janeiro 23, 2025
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SambaVR, realizado na PET, quase vira caso de Polícia

Por Pollyanna Xavier

Por pouco uma noite de samba realizada no Clube dos Funcionários, no sábado, 1o de junho, não virou caso de Polícia. A ocorrência, se fosse feita, não teria nada a ver com brigas internas, furto de celulares ou coisas do tipo, mas sim com a insatisfação do público diante da desorganização do evento. Quem pagou área vip, por exemplo, teve que curtir o show junto ao público geral, porque o mapa do evento não foi acatado. Nas redes sociais, a reclamação foi geral. “Venderam uma área que não existia; caríssimo e desorganizado; pilantras”, foram algumas das queixas postadas.
O show em questão era uma noite de samba, com seis atrações diferentes, sendo que a principal seria do grupo de pagode Sorriso Maroto. O evento aconteceu na área verde da PET, e os portões do clube foram abertos às 17 horas, com ingressos a preços que variaram de R$ 40 a R$ 120. Os mais caros davam direito ao ‘Front Stage’ ou ao camarote – áreas VIPs, com visão privilegiada do palco. Já os valores mais baixos eram para a área central, também chamada de pista, no meio do povão. O problema é que o desenho do espaço não ficou bem definido, e quem pagou pelo Front ou pelo camarote assistiu ao show na pista, e vice-versa.
A desorganização não atrapalhou as apresentações, que seguiram o cronograma, desrespeitando apenas os horários – já que houve muitos atrasos. O problema maior teria sido com o público, que, insatisfeito, tentou reaver o dinheiro pago e ameaçou
denunciar a situação à policía ou à Justiça. Nas redes, quem pagou mais caro para
assistir aos shows em lugares mais privilegiados questionou os organizadores,
porém sem sucesso. Já quem pagou mais barato elogiou o evento, até por ter conseguido assistir aos shows mais perto dos artistas.
No início da semana, participantes do Samba VR enviaram ao aQui várias reclamações sobre o descaso com a organização e áudios com xingamentos contra Joaberson, que seria o responsável pelo evento. “Ele vai se arrombar, porque tem muita gente, mas muita gente atrás dele. Ele sumiu, lesou muita gente e sumiu”, dizia um áudio. “Área aberta da PET e você não tinha espaço para respirar. Esse safado vendeu o Front junto com a pista. Ou seja, 90% ali era pista, porque não tinha espaço para nada”, emendou.
Em outro, a pessoa reclamou que os banheiros químicos instalados na área da PET não tinham papel higiênico. “Minha mulher foi a vários e não tinha papel higiênico, não tinha nada para a pessoa se limpar”, reclamou. As reclamações se estenderam também para o preço dos alimentos comercializados. A pizza frita pequena, segundo populares que foram ao evento, era vendida a R$ 15. Em determinado momento, conforme relatado nos áudios, a Polícia Militar teria sido chamada para resolver a questão das vendas
irregulares de front e pista, mas o organizador não teria sido encontrado na PET para resolver a questão.
Ainda de acordo com participantes do Samba VR, os próprios seguranças contratados para o evento teriam dito que não havia separação entre front e pista, e que o público ficaria junto. “Está certo isso? Você paga um ingresso caro para curtir o evento com sua esposa, mais tranquilo, com um pessoal mais selecionado, daí você fica com um pessoal louco, pessoal ralé, fubá. Daí sua mulher vai no banheiro e não tem um papel higiênico, aí você vai ver que pagou 100, 160 em cada ingresso e curte um evento no mesmo lugar de um cara que pagou 30? Não! Tá errado isso daí, esse safado vai pagar e não vai ser só pra mim, não”, concluiu.
O aQui tentou falar com os organizadores do evento, como Joaberson Jcharme, mas ele não foi encontrado pela reportagem. Uma mensagem foi deixada no Instagram do Samba VR, mas, até o fechamento desta edição, não houve qualquer resposta. O espaço do jornal continuará aberto para Joaberson dar sua versão sobre a organização – ou a desorganização – do SambaVR.

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