Mad Race 2018
Descer uma ladeira usando um carrinho de mão, de ‘rolimã’ para ser exato. Essa foi uma das brincadeiras que fizeram muito sucesso na infância de quem já tem bem 30, 40 ou 50 anos. Para tentar resgatar a tradição, praticantes ou não, ao morro do Rosário (Colégio Nossa Senhora do Rosário), a prefeitura de Volta Redonda vai promover, pelo segundo ano, a sua Mad Race (Corrida Maluca), programada para o dia 5 de agosto. O evento será realizado das 8 às 13 horas, em outro local: na descida do Morro do Bispo, em um percurso de cerca de 700 metros no Laranjal.
“Na primeira edição, fiquei em primeiro na disputa de velocidade. Terminei o carro uns três dias antes do evento. Meu primeiro carrinho quem fez foi meu pai, com uma caixinha de madeira de mercado. Com o tempo, fui aprendendo a fazer e fui melhorando”, contou Pablo Jorge de Sá, de 39 anos, que pretende levar o filho Vitor, 3, para apoiá-lo na pista.
Amigo de infância de Pablo, Luiz Carlos Mendonça, 40 anos, não pôde participar da primeira edição, mas confirmou presença para o Mad Race 2018. “Quando éramos crianças, pegávamos martelo, prego, madeira e ficávamos fazendo nossos carrinhos na rua mesmo. Pegamos a experiência do passado, pegamos uns ferros no ferro-velho e montamos esses carrinhos em minha casa mesmo, soldando. Conseguimos os rolimãs em uma oficina aqui próximo. E fizemos por conta própria”, contou Luiz Carlos, lembrando que uma das filhas já pediu o carrinho para brincar na rua de casa.
Assim como Pablo e Luiz, quem quiser participar pode se inscrever até as 8 horas do dia do evento. De acordo com o coordenador da Juventude, Luciano Campos, os participantes terão que apresentar um carrinho que esteja de acordo com os itens do regulamento, além de assinar um termo de responsabilidade durante a vistoria do carrinho. “O Mad Race é uma competição na qual os participantes vão construir carrinhos de corrida com as próprias mãos, de acordo com as medidas e propostas estabelecidas no regulamento em duas modalidades: Velocidade e Criatividade. É uma competição de caráter exclusivamente artístico, criativo e desportivo”, explicou Luciano, acrescentando que haverá troféus para os 1º, 2º e 3º lugares em ambas as modalidades.
As inscrições prévias podem ser feitas presencialmente na sede da Coordenadoria da Juventude, à Rua Antônio Barreiros, 194, Nossa Senhora das Graças. Também pode ser realizada no Portal VR, através do site http://www.voltaredonda.rj.gov.br/cju/index.php/9-noticias/77-mad-race-2018.
De acordo com o prefeito Samuca Silva, o evento servirá para motivar os mais jovens a participarem de atividades como essa. “É saudável, divertido e toda a família gosta, seja correndo ou assistindo. Vale a pena a juventude curtir essas brincadeiras ao ar livre e tenho certeza que será um sucesso”, aposta.
Rua de Lazer
O prefeito Samuca Silva não gosta nada, nadica de nada das críticas ao projeto Rua de Lazer, que a prefeitura de Volta Redonda insiste em promover nas manhãs de domingo na Radial Leste, próximo ao Aero Clube. Para ele, a falta de público, que pode ser comprovada em qualquer foto do evento, não importa tanto assim. “Lá (Rua de Lazer) não é para encher de público num momento único”, justificou, acrescentando a seguir um comentário bem irônico, por sinal. “Tem público o dia todo. Não adianta ir às 14 horas. Nem o Aterro (do Flamengo, na cidade maravilhosa) tem gente. Pode ser que ele tenha razão, mas dizem que uma fotografia vale por mil palavras, não é mesmo?
Passeio
No domingo, por exemplo, segundo release da secretaria de Comunicação do palácio 17 de Julho, muitas famílias foram passear com os filhos. Foi o caso de Gabriela Nogueira, 34, que estava acompanhada por um casal de filhos. Um, de 7 anos e outro, de cinco. “Meu filho gosta de andar de bicicleta e aqui, com a rua fechada para o trânsito, é bom para ele, pois não há risco. Como ele só tem cinco anos, é um espaço propício para ele aprender a pedalar sozinho”, disse.
Segundo a secretária de Esporte e Lazer, Maria Paula Tavares, o objetivo é dar mais uma opção de lazer e esporte para (parte) a população. “Com esse espaço a gente possibilita momentos de diversão e esporte para as famílias, propiciando o convívio de pessoas e grupos”, justificou. Ela tem razão: espaço não falta!
‘Escola Tem Cultura’
A abertura do projeto ‘Escola Tem Cultura’, realizada no Colégio Delce Horta, no Aterrado, contou com a participação do prefeito Samuca Silva e ele foi uma atração à parte entre os alunos, como mostra a foto. O programa é uma ação pedagógica interdisciplinar idealizada pela secretaria de Cultura, em parceira com a secretaria de Educação e a Fevre e envolveu os 800 estudantes da unidade. “Sou oriundo da escola pública e, na minha época, queria que tivesse uma oportunidade de despertar a cultura dentro da escola, que vai além do ensino tradicional”, pontuou Samuca.
Segundo Aline Ribeiro, titular da pasta de Cultura, o projeto visa criar formadores de público. “Com este projeto a secretaria de Cultura irá trabalhar a formação de público para artistas locais e para os espaços culturais de Volta Redonda, ao mesmo tempo em que contribui com a secretaria de Educação enriquecendo a abordagem dos temas transversais nas escolas”, destacou Aline.
“Queremos utilizar todas as linguagens artísticas para aprender as outras disciplinas como geografia, história, matemática, português. Assim, o aprendizado fica mais dinâmico e leve”, destacou Waldir Bedê, presidente da Fevre.
“Mãos que Transformam”
A pequena escola municipal Carlos Sarkis, no Coqueiros, que tem 150 alunos, virou uma gigante na conscientização da cidadania, do meio ambiente e da saúde. É que aconteceu lá, na manhã de sábado, 23, o projeto “Mãos que Transformam”, envolvendo alunos do primeiro período do Ensino Infantil ao quinto ano do Ensino Fundamental, além dos pais e da comunidade. ”O projeto só foi possível com o apoio da secretaria de Educação, dos pais que venderam rifas e dos profissionais da escola que abraçaram o projeto”, disse a diretora Carla Pinho.
“Foi uma aula de cidadania. Todos estão de parabéns e esse projeto pode ser feito em outras unidades escolares. Muitas crianças que são tímidas acabam ficando mais extrovertidas”, avaliou Gessielle Aparecida dos Santos Silva, 34 anos, mãe de uma menina de 11 anos, e menino de 9 anos.
Jeferson Gomes de Arantes, 35 anos, o Jef, doou um pouco do seu tempo para divulgar a arte do grafite. “Comecei na pichação, mas hoje estou na arte e queremos passar isso às crianças. É uma maneira de extravasar as energias em algo positivo”, frisou.
A Sala Verde Paraíba do Sul, localizada nas dependências do UniFOA, desafiou os alunos do terceiro período dos cursos de Engenharia de Produção e Ambiental a construírem jardins verticais, aplicando ecologia e desenvolvimento sustentável. O resultado foi apresentado à banca examinadora e à professora responsável pela atividade, Shane Goulart, no estacionamento do prédio 18, no campus Olezio Galotti (ver foto). Deu tão certo que a ideia deve ser levada aos alunos dos próximos períodos.
Shane, que é responsável pela disciplina de Desenho Técnico, disse que os acadêmicos tiveram dois meses para desenvolver o projeto. “Eles pensaram desde a ideia inicial, através de esboços, criação de desenvolvimento de protótipos, materiais necessários, desenhos técnicos utilizando o AutoCAD, à produção do jardim”, listou.
Os grupos foram avaliados nos critérios de sustentabilidade, originalidade e grau de dificuldade da montagem pelo coordenador do curso de Engenharia de Produção, Bruno Gambarato; pela coordenadora do curso de Engenharia Ambiental, Ana Carolina Callegario, e pelas professoras Shane Goulart e Ana Claudia Almeida, além da aluna do Mestrado Profissional em Materiais, Andrea Felix.
“A Engenharia de Produção sempre trata de otimizar processos e a sustentabilidade é um dos pilares do curso justamente devido à reutilização de materiais, porque quando reutilizamos deixamos de gerar resíduo e agregamos valor a esses materiais, aumentando a vida útil dessas peças e gerando um produto novo”, pontuou Bruno.
O projeto que obteve a maior média entre os jurados foi o da equipe ‘União Sustentável’, composta por alunos dos dois cursos. Os alunos montarão novamente o jardim durante uma oficina da semana acadêmica, no segundo semestre. “Para colocar os vasos de plantas usamos garrafas pet dentro de caixotes de madeira que encontramos na rua; a base que fica presa à parede foi feita com estrado de cama e envernizada para que o material ficasse resistente à agua da chuva e ao sol; as plantas são irrigadas através de uma mangueira de pressão que passa por trás de todo o jardim”, explicou a acadêmica que compôs o grupo com Janine Silva, do curso de Engenharia Ambiental do UniFOA.
“A atividade foi de encontro a tudo o que eles veem em sala de aula. São alunos que ainda estão no início do curso e já contam com a vivência da produção de projetos, o que lhes dá incentivo para que entendam que tudo o que é estudado durante as aulas teóricas tem uma aplicabilidade prática”, comentou a coordenadora do curso de Engenharia Ambiental, Ana Carolina Callegario.