sábado, setembro 7, 2024
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CSN já está elaborando listas dos turnos

A direção da CSN aposta que os operários que fazem turno na Usina Presidente Vargas, cerca de 4.500, vão aprovar uma das duas propostas que serão apreciadas por eles amanhã, quinta, 30, durante assembleia convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos para renovar, automaticamente, o turno de 8 horas, de revezamento, a partir do dia 1 de dezembro. Mas, a empresa também está se preparando para tomar uma decisão radical, caso o metalúrgico volte a recusar o abono oferecido de R$ 5 mil. Vai implantar o turno fixo de 8 horas, sem revezamento.

Detalhe: Se o ‘não’ prevalecer, independentemente de qualquer medida que venha a ser adotada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, os operários já vão saber, na madrugada de sexta, 1 de dezembro, em que lista de turno eles terão que trabalhar a partir deste dia. A informação foi repassada ao aQui por uma fonte da CSN, que pede anonimato. “As listas já estão sendo definidas para a implantação do turno fixo de 8 horas, caso o turno de revezamento não seja aprovado na votação a ser realizada pelo sindicato”, garantiu, indo além. “Não há nenhuma chance de a CSN fazer turno de 6 horas na Usina Presidente Vargas”, acrescentou.

Além da votação, outro fato que chama atenção é quanto à cédula que será entregue aos operários que forem votar. Há quem diga que Edimar Miguel, presidente do Sindicato, estaria querendo incluir o turno de 6 horas na cédula, deixando de fora o turno fixo. No edital, publicado em jornal local, o sindicalista convoca os trabalhadores para a assembleia defendendo a ‘reimplantação do turno de 6 horas. “Ele já fez isso na votação anterior, mas por conta ele. Ele está colocando em votação uma possibilidade de turno que a CSN já disse várias vezes que não vai adotar”, disparou. “Ele não quer colocar na cédula a opção do turno fixo de 8 horas, que é o que a empresa adotará em caso de rejeição”, completou, lembrando que a assembleia, a votação e a confecção da cédula estão a cargo do Sindicato”.

Edimar Miguel, procurado pelo aQui, prometeu liberar uma cópia da cédula que será utilizada na votação de amanhã ainda hoje. Se o fizer, nós atualizaremos a matéria.

ZERO HORA
Dependendo do que ocorrer na Praça Juarez Antunes amanhã, quinta, 30, os operários da CSN correm o risco de já na sexta, 1 de dezembro, começar a cumprir uma jornada de trabalho de 8 horas, sem revezamento. Eles nem poderão escolher em que turno vão trabalhar. Quem pegar no serviço às 23 horas (correspondente ao antigo zero hora), ficará trabalhando assim até às 7 horas até que um dia, se for o caso, a CSN reveja seus horários de trabalho. “O turno de zero hora (23 às 7) é o pior de todos”, sentenciou um dos operários da UPV. “Você não pode fazer nada antes de ir pra usina. Não pode nem beber, fica sem vida social. Não vai dormir com a mulher, com os filhos. Trabalha até às 7 do dia seguinte, vai pra casa e dorme. Perde o dia quase todo”, exemplificou.

Os novos horários na UPV para quem faz turno serão das 23 às 7 horas, das 7 às 15 horas e das 15 às 23 horas, de maneira fixa e sem mudanças de horário ou de revezamento. A ideia é iniciar esta jornada a partir de 1° de dezembro. Tem mais. O turno fixo de 8 horas vai mudar muita coisa para quem trabalha na UPV. Só uma parcela receberá adicional noturno e a escala de férias terá que ser revista. Importante: O abono, é claro, não será pago a quem faz turno na UVP. Apenas os trabalhadores da CSN Cimentos e GalvaSud é que terão direito aos R$ 5 mil para gastar no Natal. Ou guardar para emergências…

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