quinta-feira, março 28, 2024
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‘Coração de mãe’

Por Manu Porfírio

Dizem que em ‘coração de mãe’ sempre cabe mais um, não é? É! Infelizmente, cabem doenças que até então eram típicas de homens e, agora, deixaram de ser, como infarto, arritmia, parada cardíaca, entre outras. Prova é que 60% das mortes entre pessoas do sexo feminino estão relacionadas a problemas cardíacos. Para tentar reduzir o percentual, pelo menos em Barra Mansa, o vereador Daniel Volpe (ainda no PPS) desenvolveu um Projeto de Lei para que a prefeitura desenvolva, em parceria com entidades locais, uma campanha, batizada de “Coração da Mulher”, para passar a alertar e orientar as barramansenses sobre os cuidados que elas devem ter com o coração, “que não é de ferro como elas pensam’, brinca.

A campanha idealizada por Daniel passa por promover ações que detectem possíveis diagnósticos de doenças cardiovasculares entre as barramansenses. Pelo PL, o ‘dia D’ pode ocorrer, anualmente, em um dia da última semana de setembro. “Coincidindo com o Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro”, destaca o parlamentar. “E que o evento faça parte do Calendário Oficial do Município”, frisa.

Ele vai além. “O projeto que fizemos prevê também a realização de palestras e orientações sobre como evitar as doenças cardiovasculares nas pessoas do sexo feminino. A mulher tem uma tendência maior que os homens e, dependendo da idade, quanto mais idade ela tiver, maior será a chance de enfartar e morrer”, frisa Daniel.
Segundo o vereador, essas ações, simples como uma palestra, podem fazer a diferença e precisam ser tomadas, para que as estatísticas de mortalidade entre as mulheres possam ser reduzidas, aumentando a expectativa de vida das barramansenses. E que sejam copiadas em cidades vizinhas. “As mortes vêm aumentando ao longo do tempo. A média é de 1% ao ano e parece que não é nada, mas 1% da população acaba sendo muita coisa. Representa, em média, 54 mil mortes por ano em todo o Brasil”, compara Daniel.

Daniel entende que priorizar a campanha “Coração da Mulher” poderia até afetar a economia local reduzindo gastos do município. “Existe uma dificuldade financeira (da prefeitura) para desenvolver qualquer coisa envolvendo a saúde no município e no estado mais ainda. Não podemos fazer campanhas ilusórias. Através de iniciativas básicas, com poucos custos, podemos evitar gastos futuros, pois uma despesa com um infarto, por exemplo, envolve o uso de ambulância, internação, então já corta essas necessidades. Com uma palestra, um incentivo em um colégio, igreja ou na praça, podemos atingir as pessoas. Podemos fazer campanhas em parceria com faculdades, ONGs e instituições de Barra Mansa. E isso acaba se espalhando pela região. Podemos reduzir custos e, o que é melhor, gerar uma expectativa de vida maior entre as mulheres do município”, pontuou.

Plásticos
Aproveitando a entrevista, Daniel diz que seu próximo passo é criar uma lei que proíba o uso excessivo de sacolas plásticas, visando adequar a realidade de Barra Mansa a um método mais desenvolvido. “Estamos querendo proibir artigos plásticos. Londres começou a fazer isso e vai proibir, até o ano de 2025, a produção de qualquer tipo de plásticos, a não ser os essenciais. Não dá mais para usar copo descartável, canudo de plástico etc”, destacou, indo além: “A mudança traz medo, mas é a ideia que eu estou tentando adaptar à realidade do município. No Sul do Brasil, a população participa efetivamente das ações e essa não é a realidade do nosso município, não é a realidade da nossa região, muito menos do país, mas é a intenção que eu pretendo fazer”, avaliou Daniel.

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