Da esquerda para a direita: os desembargadores Heleno Ribeiro Pereira Nunes, Claudio dell’Orto, Suely Lopes Magalhães, Ricardo Couto, Maria Angélica Guedes e Claudio Brandão
Em sessão do Tribunal Pleno realizada na segunda, 25, o desembargador Ricardo Couto de Castro foi eleito para presidir o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) no biênio 2025/2026, com 116 votos dos desembargadores do Poder Judiciário fluminense. Ele ocupará o cargo no lugar do desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, que assumiu a Corte em fevereiro de 2023. O outro candidato, desembargador Luiz Zveiter, recebeu 65 votos, e foram registrados três votos brancos/nulos. “Agradeço a confiança depositada pelo Pleno na minha pessoa, me comprometo a fazer uma grande gestão, ouvindo a todos. Parabenizo o meu querido colega, Luiz Zveiter, nosso decano. E acho que a votação hoje, para mim, tem um significado especial. Por quê? Porque todos nós sabemos que o desembargador Luiz Zveiter é um grande gestor, fez uma excepcional administração. E talvez essa votação reflita um pensamento mais institucional do que uma votação pensando nas pessoas. Eu digo isso porque várias vezes esse Pleno se manifestou contrariamente à reeleição ou recondução. Então, essa votação, ao meu ver, não diz respeito às pessoas.
Muito obrigado a todos”, destacou o desembargador Ricardo Couto. O presidente eleito, que tomará posse no dia 7 de fevereiro, ressaltou seu compromisso com a democracia, com a população e a importância do investimento em tecnologia. “Espero tornar o Judiciário mais aberto ainda, mais democrático. Eu acho que ele já vem se encaminhando no sentido de ser mais acessível à população. Podem esperar uma Justiça eficiente, rápida e democrática”, afirmou, completando que pretende, como administrações anteriores, continuar investindo em tecnologia. “Vamos colocar o Tribunal do Rio de Janeiro como o melhor Tribunal do país, se é que já não é. Essa é a minha expectativa”, acrescentou.
Decisão mais célere para o cidadão
O objetivo, segundo o desembargador, é que a prestação jurisdicional seja realizada da forma mais célere possível. “Estamos em uma fase de transição, em que temos que colocar a tecnologia de maneira adequada”, disse, atribuindo sua vitória a dois fatores: “Tive uma votação expressiva, na medida em que já venho junto às administrações anteriores há um bom tempo, os meus colegas já me conhecem, sabem da minha capacidade. Aliado a isso, tivemos uma questão que é: o Tribunal de Justiça não é favorável a reeleições. Nós marcamos essa visão desde muito tempo atrás”.
Currículo
Formado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o desembargador Ricardo Couto de Castro tem pós- graduação pela Universidade de Coimbra e é desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro desde 14 de fevereiro de 2008. O magistrado é presidente da 4ª Câmara de Direito Público.