quinta-feira, janeiro 23, 2025

Cofre vazio

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio ordenou o bloqueio junto ao Tesouro Nacional e à secretaria estadual de Fazenda de cerca de R$ 6,3 milhões, da prefeitura de Barra Mansa, referentes a transferência do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do ICMS, respectivamente. O valor é parte do pagamento dos precatórios de administrações anteriores à de Rodrigo Drable, e que estão provocando um rombo nas contas públicas. O valor total dos precatórios é de R$ 50 milhões.

Dos R$ 6,3 milhões, R$ 2,9 milhões foram bloqueados na quinta, 10, e retirados da cota do FPM – Fundo de Participação dos Municípios. “A previsão é que o restante – cerca de R$ 3,4 milhões – seja bloqueado nas próximas semanas, o que vai complicar ainda mais os pagamentos de outras contas da prefeitura, atrapalhando o planejamento do governo em relação aos salários dos servidores e investimentos no município, além de inviabilizar o que já estava previsto”, alerta o secretário de Fazenda, Everton Rezende (foto).

De acordo com o secretário, a Justiça Estadual determinou no ano passado o pagamento de R$ 10,4 milhões referentes aos precatórios dos anos de 2016 e 2017, mas o bloqueio, em forma de sequestro, foi de R$ 4 milhões, porque o restante dos recursos eram transferências carimbadas, ou seja, para uso específico. “A Secretaria de Fazenda fez proposta ao Tribunal no ano passado, que indeferiu o pedido, não aceitando a aplicação da Emenda Constitucional 99, promulgada pelo Congresso Nacional, que garantia o parcelamento dos precatórios até 2024. A ordem do Tribunal de Justiça é para que o pagamento seja feito até 2020”, completou Everton.

Após o parcelamento da dívida de R$ 50 milhões até 2020, o município precisa pagar cerca de R$ 800 mil por mês. “Em 2018, essa conta ainda não foi paga e a dívida já chega a aproximadamente R$ 3,5 milhões, sendo que até o final do ano serão R$ 9,6 milhões. A Secretaria de Fazenda pretende entrar novamente com uma proposta sobre a situação financeira do município que impossibilita o pagamento dessa dívida”, concluiu Everton Rezende.

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